Desfecho: jovem arapiraquense que procurava por mãe descobre seu paradeiro

Menos de 24 horas depois de sites de notícias divulgarem o pedido de ajuda de um jovem que queria reencontrar a mãe, Aldo Alves Soares Júnior, 30, conseguiu preencher lacunas de sua história de vida. A mãe que ele buscava, Elizabeti Wanderley Silva, infelizmente não está mais viva, mas ele conseguiu contato com pessoas que eram muito próximas a ela e descobriu que tem um tio e quatro irmãos biológicos, dois deles morando em Maceió.

“Infelizmente, a notícia que eu mais esperava, não foi boa. Minha mãe faleceu há mais de dez anos. Sempre quis encontrá-la, mas ao menos hoje eu entendo o que aconteceu e compreendo as decisões que meu pai tomou. Estou um pouco abalado porque foi tudo muito rápido. Em menos de 24 horas depois da matéria ser publicada, consegui descobrir muita coisa que há minha vida inteira procurava saber. Pessoas de várias partes do país entraram em contato comigo, não imaginava que o alcance seria tão grande”, afirmou.

Aldo Júnior afirma que descobriu, com a ajuda de pessoas que eram muito próximas à sua mãe, que Elizabeti Wanderley morreu devido a problemas de saúde relacionados à depressão e ao abuso de álcool e drogas. Segundo ele, essas pessoas, apesar de não ser parentes biológicos tinham muito convívio e ouviram muitas vezes a mulher falar sobre o desejo de reencontrar o filho.

O jovem afirma que foi criado pelo pai e pela madrasta e que, apesar de ter recebido, uma excelente educação, sempre sentiu falta de carinho. Ele também não compreendia o porquê de não ter contato com a mãe. “Hoje sei que, pelo modo de vida que minha mãe levava, de beber, fumar, a decisão do meu pai de me tomar dela foi para me proteger”, afirma.

Aldo Júnior conta que o pai dele era policial militar e morava em um albergue em Maceió, quando conheceu a mãe dele. “Eles tiveram um caso e Elizabeti Wanderley teria ido embora para o Rio de Janeiro, onde tinha parentes, sem contar que estava grávida. Depois que ele nasceu, ela retornou para Alagoas comigo e me deixou com meu pai. Quando eu tinha três anos, ela voltou e quis me levar junto com ela, mas meu pai não deixou”, relata, contando que o último contato que ele teve com a mãe foi uma carta escrita por ela, quando ele tinha 5 anos de idade.

“Eu sempre quis encontrar a minha mãe. Queria receber e dar o carinho que eu nunca tive em casa. Sempre senti essa lacuna na minha vida. Já havia mandado e-mails para programas de televisão e nunca tive resposta, às vezes procurava também nas redes sociais, e agora sei que como tem mais de 10 anos que ela faleceu, provavelmente não tinha nenhuma rede social. Até que essa semana um amigo, que entende muito de internet e informação, disse que iria me ajudar e me colocou em contato com os sites. Nunca imaginei que a resposta chegaria tão rápido. São tantas informações sobre a minha mãe, os irmãos e o tio que eu não conheço que ainda nem tive tempo de processar tudo. Agradeço demais a todos que me ajudaram”, declarou.

 

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