Eduardo Tavares fala porque renunciou a prefeitura de Traipu: “Não era a mesma cidade de minha juventude”

EDER PATRIOTA

O Promotor de Justiça, ex-Secretario de Estado da Defesa Social e Segurança Pública, ex-vereador e ex-prefeito de Traipu, Eduardo Tavares Mendes,concedeu entrevista exclusiva e falou sobre assuntos relacionados à política local e nacional de forma bastante lúcida e sincera.

Em relação, ao dois anos que foi prefeito de Traipu, Tavares disse que era um desejo alimentado desde a sua juventude: “Ser prefeito de minha amada Traipu era um sonho de juventude, porém quando a assumí percebi que ela estava carcomida pela corrupção e pelo descaso. Contudo, no período que fui prefeito equilibramos as contas do município,pagamos os servidores públicos dentro do mês trabalhado, recolhemos e repassamos e repassamos os insumos, pagamos dívidas com fornecedores,como a CASAL. Além disso, em 2017 fomos um dos poucos gestores que pagaram o aumento dos professores na data base e em parcela única, no primeiro dia de gestão tornamos os garis e as margaridas, a categoria mais bem paga do Nordeste, fora os pagamentos do percentual de férias e aos demais servidores, algo anteriormente realizado apenas para os educadores- assim como trocamos toda a rede de água, a qual era antes de cano de amianto, com isso se tornou uma bela cidade ribeirinha, repleta de alamedas, com fonte luminosa e portais urbanos, escola, merenda de qualidade e urbanizada”, destacou.

Sobre a sua popularidade, ET afirmou que: “Minhas medidas saneadoras não agradaram, pois demiti muita gente, onde existiam muitos funcionários fantasmas. Defendo que os municípios não pratiquem o clientelismo, pois esse tipo de procedimento quebrou vários deles e a população permanece na miséria, entretanto considero que o administrador público deve pautar toda a sua conduta nos princípios da impessoalidade, transparência, equilíbrio fiscal e eficiência”, afirmou.

Já sobre a sua renúncia, o ex-prefeito disse que: “Meu vice-prefeito sabia que eu tirar apenas dois anos no cargo, em virtude de eu pretender uma vaga no Congresso Nacional, mas acabei não me candidatando a nenhum cargo do legislativo federal e as minhas principais bandeiras eram: “novo’ pacto federativo, em que os municípios receberiam a maior parte dos recursos e não a União como é nos dias atuais; fortalecimento do Ministério Público que é a instituição mais importante para defender a sociedade brasileira e a revitalização do Rio São Francisco”,contou.

Falando da especulação que será candidato a prefeito de Maceió, o Promotor de Justiça foi enfático: “Fui procurado por várias legendas e inúmeros políticos, porém por enquanto não penso nisso, meu título eleitoral é em Traipu e as minhas atenções estão voltadas para as minhas atividades no Ministério Público, mas o futuro a Deus pertence”, pontuou.

Analisando a gestão do governador Renan Filho, Eduardo Tavares diz que ele vem fazendo um grande trabalho. “Apesar de ser muito jovem, tem tino político e administrativo, assim como é bastante carismático e habilidoso, o considero um dos melhores governadores atualmente no país e tem tudo para ir longe na carreira política”, ressaltou.

Conforme, o ex-Procurador Geral de Justiça, acredita que o presidente Jair Bolsonaro parece ter boas intenções, mas também possui grande inaptidão para exercer o cargo que se encontra no momento e isso apavora a uma grande parcela da sociedade. “Penso que a escolha do ex-juiz federal e do Ministro Sérgio Moro para o STF algo complexo, já que o seu histórico não o favorece, a ascender a um cargo na maior corte do judiciário brasileiro. Além disso, a nomeação de Moro para o Ministério da Justiça não se pode considerar algo tão ético assim, sobretudo em razão do fato de ter sido o responsável pela Operação Lava Jato, a qual prendeu figurões políticos tradicionais, a exemplo do ex-presidente Lula e por isso contribuiu decisivamente para a vitória do atual presidente”, argumentou.

Por fim, Eduardo Tavares Mendes foi categórico: “O Brasil estará no terceiro mundo em dez anos, senão cortar gastos desnecessários e não implementar as reformas previdenciária com alguns ajustes para sacrificar menos os pobres e assim fazer o país evoluir em vários aspectos”, ressaltou.

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