Mãe manda matar PM após vê-lo em vídeo íntimo com a filha dela, diz Polícia Civil

A morte do cabo da Polícia Militar de Araraquara (SP) Elias Matias Ribeiro, de 49 anos, teve a participação da namorada dele, da filha mais velha dela e do tio da mulher, segundo o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Fernando Bravo.

De acordo com Bravo, o crime teve motivação passional, após a namorada do policial ver um vídeo íntimo entre ele e a filha mais nova dela, de 20 anos.

Jaciane Maria, de 40 anos, e Larissa Marques, de 22, foram presas na tarde de terça-feira e confessaram o crime. Elas ainda não apresentaram advogado de defesa. O tio foi preso nesta quarta-feira (5) e confessou ter matado o PM com cinco marretadas.

Relação com mãe e filha

Jaciane disse ao delegado que teve a ajuda de um tio para matar o cabo, com quem se relacionava há cerca de cinco meses.

Na noite de segunda-feira (3), ela convidou o namorado para dormir na casa dela. Quando a vítima estava dormindo, o tio da mulher entrou na casa e deu a marretada que matou o PM.

Larrisa (à esquerda), Jaciane e o cabo Elias Matias Ribeiro em Araraquara — Foto: Reprodução/FacebookLarrisa (à esquerda), Jaciane e o cabo Elias Matias Ribeiro em Araraquara — Foto: Reprodução/Facebook

Larrisa (à esquerda), Jaciane e o cabo Elias Matias Ribeiro em Araraquara — Foto: Reprodução/Facebook

“O motivo foi passional. Elas foram apresentadas na DIG e confessaram o crime. A mãe esclareceu que namorava a vítima há 5 meses e, durante o relacionamento, ele passou a namorar a filha mais nova. Ela viu um vídeo sexual dos dois e combinou com o tio de matar a vítima”, afirmou Bravo.

Com a ajuda a filha mais velha, eles colocaram o corpo no carro do próprio policial, junto com o colchão ensanguentado e dirigiram até um canavial entre Araraquara e Américo Brasiliense, onde colocaram fogo no veículo.

Na casa do tio, um pedreiro de 54 anos, a polícia encontrou a marreta usada no crime. As duas mulheres tiveram a prisão preventiva solicitada pela polícia e foram levada para a cadeia de Santa Ernestina.

Elas serão indiciadas por homicídio qualificado, por motivo fútil, recurso que impediu a defesa da vítima, além da destruição do corpo.

Segundo a Polícia Civil, a irmã mais nova foi ouvida pelos investigadores em casa e não foi levada para a delegacia porque ela não sabia e não teve participação no crime.

Corpo carbonizado

O carro do policial, um SUV Tucson, foi encontrado em chamas por volta das 3h desta terça em um canavial próximo à vicinal de acesso à Rodovia Antônio Machado Santana (SP-255), entre Américo Brasiliense e Araraquara.

O corpo carbonizado foi encontrado dentro do carro incendiado e, por conta do estado, a polícia pediu exame da arcada dentária.

Carro foi encontrado em chamas em canavial — Foto: Arquivo pessoalCarro foi encontrado em chamas em canavial — Foto: Arquivo pessoal

Carro foi encontrado em chamas em canavial — Foto: Arquivo pessoal

Segundo o comandante da PM de Araraquara, tenente-coronel Adalberto José Ferreira, o corpo estava no banco de trás do veículo, junto com um colchão e o colete à prova de balas. No banco da frente, foram encontrados a arma, algemas, e carregadores.

O cabo trabalhava no 13º batalhão em Araraquara. Ele era motorista do comandante e faltava um mês para que fosse para a reserva. Ainda não há previsão para velório e enterro.

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