Relatório sobre rachaduras no Pinheiro, Mutange e Bebedouro é divulgado nesta quarta-feira
Depois de mais de um ano vendo rachaduras se espalharem pelas ruas e imóveis dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro, os moradores das áreas afetadas devem conseguir nesta quarta-feira (8) as respostas que tanto aguardam: a causa do fenômeno.
O problema começou em fevereiro de 2018, após fortes chuvas e um tremor de terra. Desde então, a situação só se agravou, obrigando centenas de famílias a deixarem suas moradias por causa dos riscos de desabamento.
O resultado do levantamento de meses de estudos realizados pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), ligado ao Ministério de Minas e Energia, vai ser divulgado nesta manhã em uma audiência pública no auditório da Justiça Federal em Maceió.
As hipóteses
Segundo a Defesa Civil, rachaduras já vinham aparecendo em casas da região desde 2010, mas pela primeira vez, elas surgiram em vários imóveis ao mesmo tempo.
Em março de 2018, o geólogo André Galindo, ouvido pela TV Gazeta, levantou a hipótese de o tremor de terra ter sido provocado por uma acomodação do solo, a 300 metros de profundidade.
No início deste ano, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) apresentaram três novas hipóteses: a atividade da Braskem na região para exploração de sal-gema, um tipo de cloreto de sódio utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC; o aparecimento de uma depressão no solo, conhecida como “dolina”; ou a localização do bairro em uma área tectonicamente ativa.
Em fevereiro de 2019, o CPRM divulgou que trabalha com quatro hipóteses para as rachaduras: características geotécnicas dos solos e forma da ocupação do bairro; presença de vazios (cavidades, cavernas) no solo e subsolo da região, decorrente de causas naturais ou ações humanas; estruturas/feições tectônicas ativas na região (falhas e descontinuidades, por exemplo); e extração de água subterrânea.
G1