Comediante novato na política é eleito presidente da Ucrânia

O ator e comediante Volodymyr Zelenskiy, novato na política, foi eleito presidente da Ucrânia neste domingo (21), após conquistar 73% dos votos no segundo turno das eleições, de acordo com pesquisas de boca de urna. O resultado oficial ainda não foi divulgado, mas seu adversário, o atual presidente Petro Poroshenko, já admitiu a vitória de Zelenskiy.

A Comissão Eleitoral ucraniana estimou que a taxa de comparecimento dos eleitores foi de mais de 45%.

Após a divulgação dos números, o novo presidente eleito afirmou, segundo a Associated Press: “Embora eu ainda não seja presidente, posso falar como cidadão da Ucrânia: a todos os países da antiga União Soviética, olhe para nós. Tudo é possível”.

Zelenskiy tem 41 anos e inicialmente não foi levado a sério quando anunciou sua candidatura em 31 de dezembro passado, mas ganhou força com uma campanha focada principalmente nas redes sociais.

Mais conhecido por seus monólogos no teatro, ele interpretou um professor de história que inesperadamente se torna presidente na série de TV “Servo do povo”, e também já atuou em filmes bastante populares na Ucrânia e na Rússia.

Durante a campanha, o candidato novato evitou comícios públicos e falou com os eleitores através de vídeos transmitidos em redes sociais.

Na véspera das eleições, Zelenskiy e Poroshenko participaram de um debate em um estádio, proposto pelo primeiro, no qual trocaram acusações e ofensas.

Neste domingo, Poroshenko disse que o novo presidente, com sua inexperiência, terá que enfrentar “uma oposição muito forte” e isso só beneficiará o país. Ele disse, porém, que o adversário poderá contar com sua ajuda durante a transição.

“Entre o anúncio oficial (do resultado das eleições) e a posse, estou pronto para passar tempo, sem nenhuma restrição, com o novo presidente para explicar os mínimos detalhes”, disse.

O atual presidente acrescentou que continuará na política, mas não especificou seus planos. “Já no mês que vem deixarei o cargo de chefe de Estado… assim decidiu a maioria dos ucranianos e percebo esta decisão. Deixarei o escritório presidencial, mas não sairei da política”.

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