Médico acusado de molestar pacientes está detido no Baldomero Cavalcanti
O médico Adriano Pedrosa, preso acusado de molestar pacientes em Passo de Camaragibe, está detido em uma cela especial no Presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió. Ele foi transferido na última sexta-feira (29), dia em que foi preso após denúncia do Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo a assessoria do órgão ministerial, devido ao seu diploma de curso superior, Adriano Pedrosa tem direito à ficar em uma cela especial. Ao ser preso na cidade de Passo de Camaragibe, na Região Norte do estado, o médico foi levado para a Delegacia regional de Matriz de Camaragibe, mas como o local não possui condições de acolher detentos, ele foi transferido, após prestar esclarecimentos, para o Sistema Prisional de Maceió.
O Caso
Adriano Antônio da Silva Pedrosa é acusado de molestar pacientes sob o pretexto de investigar se elas estavam ou não com alguma doença nos órgãos genitais. A má conduta do médico já tinha sido reiterada e três mulheres o denunciaram. Foram essas acusações que serviram de base para o MPE ajuizar uma ação penal contra o profissional além de pedir a sua prisão.
A denúncia de crime de violação sexual mediante fraude foi proposta pelo promotor de justiça Ary de Medeiros Lages Filho, titular da Promotoria de Justiça de Passo de Camaragibe, no último dia 19, após conclusão do procedimento investigatório criminal (PIC) nº 06.2019.00000129-5. Na denúncia, o representante do Ministério Público explica que, pelo menos três vítimas, relataram o mesmo tipo de crime praticado por Adriano Antônio da Silva Pedrosa, tendo todos eles acontecido no posto de saúde de Marceneiro, povoado do município de Passo de Camaragibe.
O caso mais recente ocorreu em 1 de fevereiro deste ano, quando uma paciente buscou atendimento na unidade básica de saúde: “Ela estava com uma dor na virilha e foi atendida pelo denunciado. Relatou o fato ao médico e, o mesmo, em vez de tomar as providências pertinentes ao caso, ludibriou-a, levantando a sua blusa, apalpando seus seios e tirando sua calcinha. Em seguida, ele colocou uma luva com gel e tocou o órgão genital da vítima, que questionou sobre a necessidade daquela conduta. O médico respondeu que estava tentando fazê-la expelir algum líquido que, por ventura, a paciente tivesse retido”, diz um trecho da ação. Tal procedimento teria durado cerca de 40 minutos.
*Com Gazeta Web