Identificado suspeito de criar e espalhar ‘fake news’ sobre o Pinheiro
Após diversas denúncias de notícias falsas espalhadas pelas redes sociais sobre o bairro do Pinheiro nos últimos meses, a Polícia Civil conseguiu identificar um suspeito de criar e disseminar essas ‘fake news’. No mês de fevereiro, o Ministério Público Estadual (MPE-AL) solicitou abertura de inquérito policial para tentar identificar e punir os responsáveis.
Os moradores do bairro do Pinheiro têm enfrentado vários problemas desde o tremor de terra ocorrido no ano passado, que causou diversas rachaduras em várias ruas e residências da localidade, obrigando os moradores as deixarem suas casas.
Como se não fosse o suficiente, algumas pessoas se utilizam da situação para criar e espalhar notícias inverídicas que deixam a população ainda mais temerosa. Os bairros do Mutange e Bebedouro também viraram alvo das ‘fake news’ desde que foram incluídos na área de risco.
O delegado Thiago Prado, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), responsável pelas investigações, disse que o criador da notícia falsa se utilizou de um perfil falso nas redes sociais. Outras pessoas podem estar envolvidas.
“Identificamos uma pessoa que efetuou uma mensagem e agora a gente aguarda uma decisão judicial para que os provedores de internet e essas redes sociais nos forneçam os dados de um indivíduo que utilizou um perfil falso. Tão breve essa decisão saia, a gente vai conseguir identificar mais um elemento. A gente lembra que essa conduta é vista como contravenção penal e, além de uma sanção de pena de até seis meses de prisão, pode resultar também numa pena cível, ou seja, a pessoa pode vir a pagar um dano moral a todos esses munícipes que se sintam constrangidos co essa falsa notícia”, delegado Thiago Prado
O promotor de justiça Antônio Malta Marques reforça que a população deve checar a informação antes de repassar para outras pessoas.
“A orientação é que eles não divulguem essas fake news e que procurem a Defesa Civil para que eles informem se é verdade ou não”.
Nos últimos dias, um suposto laudo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) foi divulgado depois que a equipe de geólogos e integrantes das defesas civil municipal e estadual participaram de uma audiência pública no Senado Federal para apresentar os problemas relacionados ao bairro.
Relatório final sai em abril
Em nota divulgada nessa quinta-feira (28), a CPRM afirmou que apenas com o relatório final da causa ou causas de instabilidade do bairro – que será apresentado às autoridades no final de abril – será possível entender o que de fato vem acontecendo na região.
Os resultados, apresentados na sessão no Senado semana passada, são baseados em imagens de satélite do período entre abril de 2016 e dezembro de 2018 e apontam uma lenta deformação em direção à Lagoa Mundaú.
O delegado Thiago Prado pede que a população denuncie casos de ‘fake news’ por meio do disquedenuncia.seguraca.al.gov.br ,disponibilizado pela Secretaria de Segurança Pública de Alagoas.
“O canal de Disque Denúncia é disponibilizado pela SSP na internet. Lá, a pessoa pode fazer a denúncia e colocar, inclusive, o endereço eletrônico da rede social ou qualquer outro meio que está cometendo esse crime de fake news”, afirma.