CARNAVAIS?

Carlos Augusto Barros Filho

Em minha infância e adolescência, quando se falava em Carnavais, as famílias – fossem elas abastadas ou não – uniam-se no entorno do “Senadinho” de Sr. Aloísio Gordinho, no Aero-Clube, sendo matiné, ou prevendo os bailes de carnaval, às noites lindas e, quando as mães levavam seus filhos para casa, voltavam com seus chefes de família – e família inteira – para escutar orquestrar lindas a tocarem, no mínimo, marchas e frevos de Capiba ou de nossa terra mesmo.

E o tempo foi passando, e os nossos valores melhores se desgastando; Dizermos, uns para os outros, que o talco nos olhos já não importa mais, é como chamá-los – a quaisquer desses moleques – de talvez “homem de bem”.

O tempo realmente está passando numa rapidez tão grande que, nem nós pais, avós, nem nós filhos, possamos acompanhar. Muito difícil saber até onde os verdadeiros abraços, beijos e outros carinhos serão verdadeiros.

O olhar (OLHO NO OLHO) está ficando, a cada INSTANTE bem mais DISTANTE. Talvez, não seja só o poder da mídia, e sim, a falta da presença e do poder dos pais e de segmentos da sociedade.

Os carnavais, onde fui conduzido por meus pais e amigos, no máximo até às 19 horas, aos domingos e terças, nos salões do Aero Clube, ou AABB, quem nos subtraiu? A nós e as nossas famílias?

Governos, pós-governos. Lamentavelmente, só se trata desse assunto como se fosse fato para resolver sempre naquele velho “Ano que vem”. O Carnaval está aí, como também o Maestro Edinho e toda sua família, além da história deixada e comungada por tantos outros grandes músicos, como, por exemplo, Genário Souza e Emanuoel Moraes, entre muitos outros.

Quantos seriam os homens públicos, ocupantes do Poder, que saberiam dessa tão grande vertente natural da terra dos XUCURUS?

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