‘Padre sertanejo’ cobra taxa para plateia assistir programa

Uma prática nada convencional em programas de auditório da TV aberta foi adotada pela RedeTV! com seu recém-contratado Alessandro Campos, o “padre sertanejo”: para participar da plateia da atração matinal, cada pessoa precisa desembolsar o valor de R$ 35. E a emissora diz que é alta a procura por um assento no estúdio do religioso.

O curioso nessa história é que o programa do padre é o único em toda a RedeTV! que cobra uma taxa de participação de seus convidados. Isso porque nem com reza brava o religioso consegue atingir os índices de audiência de outras atrações com plateia da casa, como o Superpop, de Luciana Gimenez, ou o Encrenca, responsável pelos maiores índices da emissora de Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho.

Para participar dos programas de auditório das grandes emissoras do país, como Globo, SBT e Record, os convidados não precisam desembolsar um centavo sequer.

Ao portal Notícias da TV, a RedeTV! foi superlativa em sua defesa ao padre. Disse que cobrar uma taxa de entrada foi a maneira encontrada para controlar as milhares de pessoas que procuram um assento no estúdio. No entanto, a emissora foi categórica ao afirmar que não vê a cor do dinheiro e que tudo vai para o bolso do próprio Alessandro Campos.

A reportagem procurou o padre sertanejo para saber qual o destino de todo esse dinheiro arrecadado com a “bilheteria” de seu programa, mas sua assessoria de imprensa não respondeu até a conclusão deste texto.

Na Rede Vida, emissora em que ele apresenta outro programa, o religioso faz a mesma cobrança da taxa para participar da plateia. E o destino do dinheiro que ganha com esse público também é um mistério.

No site Reclame Aqui, há inúmeras reclamações de senhoras de idade que pagaram pelo ingresso na esperança de ter algum tipo de contato com o padre sertanejo, mas alegam que não puderam se aproximar do artista para tirar uma selfie. Algumas relatam até da falta de atenção e do descaso da equipe de produção da atração.

O colunista Ricardo Feltrin, do UOL, chegou a dizer que o religioso foi acusado de ostentar uma vida de luxo. Em sua defesa, ele alegou não ter feito nenhum voto de pobreza perante a Igreja Católica.

 

 

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