Baixinho Boiadeiro comparece a julgamento e delegados devem cumprir mandado de prisão
Considerado foragido da Justiça, até então, pela acusação de envolvimento na troca de tiros que deixou ferido José Emílio Dantas, em novembro de 2017 (mesmo dia da morte do pai dele – Neguinho Boiadeiro) e da morte do vereador Tony Pretinho, em dezembro daquele mesmo ano, José Márcio Cavalcante de Melo, o Baixinho Boiadeiro, surpreendeu ao comparecer ao julgamento dele, do irmão e de mais um acusado, na manhã desta segunda-feira (4), no Fórum de Maceió.
Assim que foram informados do comparecimento do foragido, os delegados Fábio Costa e Thiago Prado, ambos da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), foram até o Fórum de Maceió para fazer cumprir o mandado de prisão contra Baixinho Boiadeiro.
Prado informou, à Gazetaweb, que vai aguardar até o fim do júri para comunicar a prisão, isto se Boiadeiro não for condenado a prisão em regime fechado pelos jurados.
Os delegados confirmaram que foram ao fórum acompanhados de outros 12 policiais civis da Deic. A intenção deles é levar Baixinho Boiadeiro para prestar depoimento, fazendo cumprir o mandado de prisão.
Devido à repercussão dos casos envolvendo a família Boiadeiro, a sessão do Tribunal do Júri, presidida pelo juiz John Silas, da 8ª Vara Criminal da Capital, teve reforço na segurança. Mais de uma dezena de policiais militares foi mobilizada para o auditório no sentido de garantir a ordem durante o julgamento.
Em depoimentos gravados nas redes sociais, Baixinho Boiadeiro sempre se defendeu as acusações. Repetia que, no primeiro caso (tentativa de homicídio de José Emílio Dantas), apenas se defendeu e, no segundo, garante inocência.
Júri nesta segunda
Os irmãos José Anselmo Cavalcanti de Melo, conhecido como Preto Boiadeiro e José Márcio Cavalcanti de Melo, o Baixinho Boiadeiro, além de Thiago Ferreira dos Santos, vulgo “Pé de Ferro”, são julgados nesta segunda-feira (4). A sessão do Tribunal do Júri da 8ª Vara Criminal da Capital acontece no Fórum de Maceió.
Eles são acusados de participarem do assassinato de Samuel Theomar Bezerra Cavalcante e do sargento reformado da Polícia Militar, Edvaldo Joaquim de Matos, respectivamente, cunhado e segurança do então prefeito de Batalha, Paulo Dantas. Os crimes aconteceram em 2006, no município de Batalha, Sertão do Estado.