Acusado de integrar organização criminosa, ex-prefeito Jorge Dantas crítica MPE

Ex-prefeito de Pão de Açúcar usou as redes sociais para criticar decisão do Ministério Público
FOTO: DIVULGAÇÃO

Após ser acusado de organização criminosa e o caso ser divulgado pelo Ministério Público Estadual (MPE), o ex-prefeito do município de Pão de Açúcar, Jorge Dantas (PSDB), usou as redes sociais, nessa sexta-feira (1), para criticar a decisão do órgão. De acordo com o tucano, o caso corre em segredo de Justiça, razão pela qual não é possível adentrar, em detalhes, da denúncia.

Apesar de ter criticado o MPE, o acusado de integrar um grupo criminoso não rebateu o teor da denúncia apresentada.

O ex-gestor e mais 18 pessoas são acusados de peculato, furto, falsidade ideológica majorada, falsificação de documento público, uso de documento falso, fraude em licitação, entre outras acusações.

Os denunciados teriam envolvimento na contratação ilícita de empresas locadoras de veículos. “Julgo importante informar que por decisão judicial o processo encontra-se em segredo de justiça. Razão pela qual não é possível neste momento e, diferentemente do que fez o Ministério Público, adentrar, em detalhes, da denúncia ofertada contra mim. Seja por desconhecimento da mesma, seja pelo risco de ser considerado vazamento de informação do conteúdo do processo e descumprimento de ordem judicial”, criticou Dantas em áudio que circula nas redes sociais.

O ex-prefeito informou, ainda, que a denúncia é infundada, sendo ele inocente em todo o caso em questão. “Cumpre transmitir nesse momento a população alagoana e em especial aos cidadãos do município de Pão de Açúcar, a indignação e a plena convicção de minha inocência assim, como, dos bons serviços prestados pelos demais servidores envolvidos nesta denúncia”, reforçou a crítica.

Dantas também ressaltou que por respeito ao Poder Judiciário e a confiança na justiça, ele acredita que tudo será esclarecido em breve. “Permaneço tranquilo, na certeza que ao final do processo, a verdade prevalecerá e restará a inocência devidamente provada”, concluiu o ex-prefeito.

O caso

O ex-prefeito de Pão de Açúcar, Jorge Dantas, e mais 18 pessoas, são acusados de peculato, furto, falsidade ideológica majorada, falsificação de documento público, uso de documento falso, fraude em licitação e organização criminosa. A denúncia é do Ministério Público do Estado (MONTE-AL). De acordo com o órgão, todos os denunciados estão envolvidos na contratação ilícita de empresas locadoras de veículos.

As investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontam, também, que a Prefeitura de Pão de Açúcar fraudou o pregão presencial n° 02/2016, que teria como objeto a contratação de empresas destinadas a eventual prestação de serviços de locação de veículos de pequeno, médio e grande portes. O prejuízo causado aos cofres públicos foi de mais de R$ 2,8 milhões.

Veja, abaixo, os nomes das pessoas indiciadas na ação:

  1. Maria Dáfne Emanuela Delfino Santos, sócia-administradora da Empresa Portoserv Serviços e Empreendimentos Ltda EPP;
  2. Kamila Vanessa de Lima Santana, também sócia da Portoserv;
  3. Alisson Rodrigues Santana, dono da Via Locações e Eventos Ltda – ME;
  4. Marcelo Augusto Rodrigues Santana, também sócio da Via Locações E Eventos;
  5. Henrique de Santana Alves, auxiliar administrativo e pocurador da Empresa Portoserv;
  6. Emanuel Kayke Pereira Fidélis de Lima, sócio-proprietário da empresa Tavares Locações de Veículos e Palcos Eirelli EPP;
  7. Jorge Gonzaga Pereira, proprietário da JG Transporte Escolar e Locação de Veículos Ltda;
  8. Maria Isabel Oliveira dos Santos, sócia da JG Transporte Escolar e Locação de Veículos Ltda Epp; e
  9. Jefferson Holanda da Silva, representante legal da empresa JG.
  10. Cerícia Lima Brandão Souza dos Santos, à época secretária de Administração de Pão de Açúcar;
  11. Abelita Lima Silva, então responsável pelo setor de contabilidade do município;
  12. Maycon Lopes de Oliveira, ex-pregoeiro;
  13. Maria de Fátima Bezerra Santos, que era presidente da Comissão Permanente de Licitação de Pão de Açúcar;
  14. Normanda da Silva Santiago, ex-secretária de Saúde;
  15. Marcos de Assis Mendonça, à época secretário de Educação;
  16. Lucian José Freitas Santos, então secretário adjunto de Viação e Obras;
  17. José Gilson dos Santos, ex-secretário de Agricultura; e
  18. Ricardo Costa Santos, que coordenou o setor de transportes da Secretaria de Educação.
*Com Gazeta Web

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