Empresário escapa de execução planejada por esposa e enteado em Alagoas, diz polícia

O empresário Jaetts Ferreira Júnior simulou seu desaparecimento na semana passada para escapar de uma execução planejada pela esposa e o enteado depois que foi avisado do plano pelo homem contratado para matá-lo. A informação foi passada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (30).

Os suspeitos Suely Morais Amaral e seu filho Igor Amaral Casado foram presos temporariamente em cumprimento a mandados de prisão por agiotagem. Casado também foi preso em flagrante por posse ilegal de arma, conseguiu o direito à fiança na audiência de custódia, mas vai continuar preso.

Jaetts era administrador de uma empresa no Polo Industrial, e desapareceu na última quinta (24), após sair do trabalho para almoçar em um restaurante no bairro do Antares. O caso começou a ser investigado como desaparecimento depois que a esposa procurou a polícia para informar que seu marido sumiu.

“Buscamos imagens de monitoramento e outros detalhes mas observamos incongruências no que era relatado por familiares e os fatos. E no final de semana, a verdade apareceu. Um familiar nos disse que ele estava bem e tinha simulado a morte”, informou o delegado.

Segundo a polícia, em dezembro do ano passado, mãe e filho contrataram um homem identificado como João por R$ 30 mil para matar o empresário. O delegado disse que ela e o filho eram agiotas e emprestavam dinheiro a juros. João era quem fazia suas cobranças.

O delegado contou que o filho dela pagou R$ 15 mil ao homem no último dia 24 e que a outra parte do dinheiro já havia sido paga. A polícia conseguiu imagens do momento que o pagamento foi feito. João teria aceitado o dinheiro, mas ligou para o empresário para contar sobre o plano.

“O João disse que não teria coragem de matar ninguém. E ele só aceitou o dinheiro porque ele tinha medo que ela contratasse outras pessoas para matar ele (o empresário). Estamos tratando ele como colaborador porque ele não praticou o crime”, contou Prado. Segundo Prado, Suely disse que queria matar o marido para ficar com seu patrimônio e que ele a tratava mal. O delegado falou ainda que João não foi preso e que ele colaborou com as investigações.

“Após o desaparecimento do Jaetts, o pistoleiro foi ao prédio dos dois e informou que tinha feito o serviço e o matou com dois tiros na cabeça. O pistoleiro ainda apresentou uma agenda que pertencia a vítima para supostamente provar que o matou”, expôs.

Suely e seu filho foram autuados por lavagem de dinheiro, agiotagem e organização criminosa. Eles foram presos durante operação na terça-feira (29), que cumpriu mandados de prisão. No momento da prisão, a polícia apreendeu uma arma com Casado, que também foi autuado por posse ilegal de arma de fogo.

“Eles foram presos temporariamente por lavagem de dinheiro porque o Igor não trabalha e a Suely ganha R$ 20 mil de aposentadoria mas possui muitos bens, o que não condiz com os salários”, completou o delegado.

G1

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