Alagoas lidera ranking de estado mais perigoso do Brasil para LGBT
Alagoas lidera o ranking do estado mais perigoso do Brasil para o público LGBT+. A informação é do Grupo Gay da Bahia que divulgou um estudo baseado em dados do ano de 2018. Somente no ano passado, 20 casos de assassinatos foram registrados pelo Grupo Gay. O risco em Alagoas é de 6,02 quando a média nacional é 2,01.
Os estados com maior número de homicídios e suicídios de LGBT+ em 2018 foram São Paulo (58), Minas Gerais (36), Bahia (35) e o Rio de Janeiro (32). Os menos violentos foram Amapá, com 1 morte, e Acre, Roraima e Tocantins, com 2 cada.
Conforme os pesquisadores, Alagoas e Rio de Janeiro não constavam em 2017 na lista dos cinco estados onde mais LGBT+ foram mortos. “Infelizmente não há lei sociológica que permita esclarecer nem prever tais oscilações”, diz o estudo.
No Brasil a taxa é de 300 assassinatos por 1 milhão de habitantes. Três regiões apresentaram taxas mais elevadas que a nacional: Norte e Centro-Oeste (2,80) e Nordeste (2,57). De acordo com o estudo, “o Nordeste, que há décadas liderou as estatísticas de crimes homofóbicos, há 6 anos baixou para segundo e agora o terceiro lugar na lista”.
O estudo também mostrou que Maceió, igualmente, lidera a lgbtfobia dentre as capitais. No Brasil, 420 LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) morreram em 2018 vítimas da homolesbotransfobia: 320 homicídios (76%) e 100 suicídios (24%).
A redução no país, segundo o estudo, foi de 6% em relação a 2017, quando se registraram 445 mortes.
