Com medo de ser morto, Jean Wyllys do PSOL abandona mandato e deixa o Brasil
O deputado federal pelo Rio de Janeiro Jean Wyllys, que se encaminhava para o seu terceiro mandato, vai deixar o cargo e sair do Brasil. Ele anunciou na tarde desta quinta-feira (24), por meio de uma rede social, que tem recebido mais ameaças de morte e que não pretende ser um mártir.
Segundo ele, que vive sob escolta policial desde o assassinato da companheira de partido Marielle Franco, o aumento das ameaças de morte o levaram a abandonar a missão na Câmara dos Deputados.
“O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: ‘Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis’. E é isso: eu não quero me sacrificar”, justifica.
“Me apavora saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário”, afirma Wyllys. “O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim”, acrescenta.
*Com agências