Alagoana vence câncer após ser abandonada por marido: “Ele foi fraco”

Ouvir de um médico que há um câncer se desenvolvendo dentro de nós é destruidor, e ainda mais arrasador quando a pessoa com que tanto contamos decide ir embora nesse momento tão delicado. A história de Caroline Alencar, 36 anos, foi divulgada pelo jornal Extra nesta quinta-feira (3/1), tornando-se uma prova de superação.

Abandonada pelo marido após uma consulta médica reveladora, a maceioense contou com a ajuda da família. Antes disso, porém, foi humilhada pelo ex-companheiro – com quem estava casada havia um ano. “Ele disse que ninguém ia me querer, que eu ia ficar careca e mutilada, mas há homens que não são que nem ele e que só mostram o quanto ele foi fraco”, disse à entrevista.

Em 2015, após sentir um nódulo em um dos seios, Caroline informou ao então marido que precisava se consultar com um médico. A visita ao hospital foi adiada por negligência do homem, mesmo ela desejando tê-lo ao seu lado se tivesse de ouvir uma notícia ruim.

Morando em Fortaleza (PE), Caroline viajou para Maceió (AL) a fim de visitar a família. Em conversa com sua mãe, relatou a presença do nódulo. “Fomos ao médico. No quinto dia, levei o resultado no mastologista e tive o diagnóstico. Ali meu mundo desabou”, relembrou.

Sem condições de pagar o tratamento, a jovem entrou em desespero e contatou o ex-marido. “Ele não queria me ajudar. Comecei a desconfiar. Disse a ele que eu deveria fazer o tratamento, mas tinha minha casa, meu trabalho. E ele respondeu: ‘Se você quiser voltar, volte com sua mãe, porque eu não posso parar a minha vida’”, disse Caroline.

Ela iniciou o tratamento com muito custo em Maceió mesmo, com a família, e teve grande apoio da irmã. Enquanto lutava contra o tumor, outra tempestade invadiu seu castelo e o derrubou: seu ex-marido quis o divórcio. “Meu psicológico já estava abalado por causa da doença e ainda veio o abandono do marido”, declarou Caroline.

Ela, porém, só viu benefícios no fim do casamento e conseguiu reconstruir sua fortaleza. “Isso foi livramento de Deus. O que mais me deixou triste foram as atitudes dele. Isso me enojou […] Deus me mostrou que às vezes a doença vem e não é por mal, é para mudar a vida. Eu nunca perguntei: ‘Por que comigo, Deus?’”, ressaltou.

 

Metrópoles

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