Caso Daniel: Allana e Cristiana Brittes podem sair da cadeia em janeiro
Presas há pouco mais de dois meses, a defesa de Cristiana e Allana Brittes já solicitou duas vezes em primeira instância que mãe e filha respondam pelas acusações do caso da morte do jogador Daniel em liberdade.
Caso Daniel: primeiro pedido junto ao Tribunal de Justiça
No ano passado, dois pedidos foram feitos pela defesa junto a juíza Luciani Regina de Paula, da 1º Vara Criminal de São José dos Pinhais, que negou os solicitações. No entendimento da magistrada “as medidas cautelares diversas da prisão mostram-se inadequadas ao caso no presente momento”.
Após ter o segundo pedido negado, o advogado Cláudio Dalledone afirmou em nota que faria um novo pedido, mas desta vez junto ao Tribunal de Justiça.
Primeira Turma Criminal do Tribunal de Justiça
O caso corre em segunda instância e deve ser julgado pela Primeira Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, que segundo a assessoria de imprensa do advogado, atua em casos de crimes contra pessoas, vida, infanticídio e tortura.
Ao todo, cinco desembargadores devem analisar os argumentos da defesa, além dos pontos levantados pela acusão e pela magistrada Luciani Regina de Paula.
O pedido tem previsão de ser julgado até o fim de janeiro, mas pode se alongar caso algum dos desembargadores precisem de mais tempo para analisar a requisição da defesa.
Denunciados no caso Daniel
Edison Brittes (38 anos): homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor e e coação no curso do processo;
Cristiana Brittes (35 anos): homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;
Allana Brites (18 anos): coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor;
Eduardo da Silva (19 anos): homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
Ygor King (19 anos): homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
David Willian da Silva (18 anos): homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa;
Evellyn Brisola (19 anos): denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho.
Daniel Correa Freitas, jogador encontrado morto na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, foi assassinado no dia 27 de outubro.
O corpo do jogador de futebol foi localizado no sábado a tarde, depois que um morador da região viu marcas de sangue no chão de uma estrada rural e seguiu o rastro até o corpo do jovem. Ele estava vestido apenas com uma camiseta, com sinais de tortura, o pênis decepado e cortes profundos no pescoço, a ponto de quase ter sido degolado.