Polícia Civil indicia João de Deus por violação sexual mediante fraude
A Polícia Civil indiciou o médium João de Deus, nesta quinta-feira (20), por violação sexual mediante fraude. Ao R7, o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes, declarou que a equipe da força-tarefa já está indo para Abadiânia para levar o inquérito.
O processo foi aberto por causa de uma denúncia de uma mulher que esteve na Casa Dom Inácio de Loyola, em outubro deste ano. Até o momento, é o único caso em que o médico foi indiciado.
No depoimento, a vítima diz que ficou sozinha em uma sala com o médium para a consulta espiritual e, com as luzes apagadas, percebeu que ele estaria tocando as regiões íntimas e colocado o membro sexual para fora da calça. João de Deus nega as acusações.
Ainda na tarde desta quinta, a defesa de João de Deus entrou com um pedido de liberdade no STF (Supremo Tribunal Federal).
Entenda o caso
João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, está sendo acusado por diversas mulheres de abuso sexual durante os atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás.
Após as primeiras denúncias, o MP-GO (Ministério Público de Goiás) criou uma força-tarefa, que conta com quatro promotores, seis delegados e duas psicólogas para atenderem o caso.
Na noite de quarta (12), a Promotoria de Justiça de Goiás solicitou a prisão preventiva do médium, cinco dias depois de as primeiras denúncias de abusos sexuais começarem a aparecer.
Em sua primeira aparição pública após as denúncias, na manhã de quarta-feira (12), João de Deus ficou cerca de 10 minutos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás. O médium se disse inocente e declarou que estava à disposição da Justiça.
Na tarde de domingo (16), João de Deus se entregou às autoridades.
Até a tarde de segunda-feira (17), a força-tarefa do MP-GO tinha recebido um total de 506 mensagens sobre a investigação contra o médium.