Alagoas está entre os estados com maior desigualdade

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A desigualdade na distribuição de renda no Brasil permanece gritante, segundo aponta estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente a 2017. Os mais ricos, na média nacional, chegam a receber 17,6 vezes mais que os mais pobres. Na divisão por capitais, essa diferença chega a 34,4 vezes, no caso de Salvador.

A região Nordeste é a que apresenta a maior desigualdade, com 10% da população mais rica ganhando cerca de 20,6 vezes mais que os 40% da população mais pobre. Em Alagoas, a média de salário entre os 40% mais pobres é de R$ 210 reais, enquanto que entre os 10% mais ricos, é de R$ 4,5 mil. Já em Maceió  a média é de R$ 332 para os 40% mais pobres e R$ 5.525 para os 10% mais ricos.

O Nordeste também concentrou o maior percentual de pessoas em situação de pobreza, 44,8%, o equivalente a 25,5 milhões de pessoas. Entre as unidades da federação, a maior proporção de pobres estava no Maranhão, com mais da metade da população, 54,1%, e em Alagoas, 48,9%.

Já Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) foram as duas únicas capitais onde o contingente de pessoas que ganham menos de R$ 406 por mês superava a dos respectivos estados: em Porto Velho era 27%, contra 26,1% em Rondônia; em Cuiabá, 19,2%, contra 17,1% em Mato Grosso.

Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal (incluindo, além da renda proveniente do trabalho, os rendimentos de aposentadoria, pensão, aluguel, programas sociais etc) per capita domiciliar em 2017 foi de R$ 6.629 para a parcela que representa os 10% dos brasileiros mais ricos. Já entre a parcela dos 40% mais pobres, o rendimento médio foi de apenas R$ 376.

A menor desigualdade foi observada na Região Sul, onde os mais ricos ganhavam cerca de 11,4 vezes mais que os mais pobres.

O Amazonas tem os 10% mais ricos com rendimentos 30,1 vezes maiores que os 40% mais pobres. Já Santa Catarina tem a menor desigualdade, sendo a diferença de rendimento entre estes dois grupos de 8,6 vezes. Já na análise das capitais, observa-se que a diferença chega a 34,3 vezes em Salvador, a maior do país. Lá, enquanto os 10% mais ricos tiveram rendimento médio de R$ 8.895, o dos 40% mais pobres foi de R$ 280.

O estudo do IBGE revela que em apenas um ano, o Brasil passou a ter quase 2 milhões de pessoas a mais vivendo em situação de pobreza. A pobreza extrema também cresceu em patamar semelhante.

De acordo com a pesquisa, em 2016 havia no país 52,8 milhões de pessoas em situação de pobreza no país,  vivendo com menos de R$ 406 por mês. Este contingente aumentou para 54,8 milhões em 2017, um crescimento de quase 4%, e representa 26,5% da população total do país, estimada em 207 milhões naquele ano (em 2016, eram 25,7%).

 

 

 

Fonte: IBGE/Agências

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