PF combate fraudes em instituições financeiras; há casos constatados em AL

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (7), a Operação Bandeirantes, que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que fraudava os sistemas informatizados de instituições financeiras com o intuito de desviar recursos. Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e três de prisão temporária, além de oito de busca e apreensão. Entre os estados onde foram constatadas fraudes, está Alagoas.

No total, a ação conta com a participação de 40 policiais federais. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do DF e o cumprimento deles se dá em Brasília-DF, Goiânia-GO e São Paulo-SP.

A organização criminosa recrutava estagiários e empregados terceirizados de bancos para que realizassem a instalação de equipamentos que permitiam a invasão dos sistemas por parte de integrantes da quadrilha. Com acesso aos dados dos clientes, através de senhas de servidores das instituições financeiras, os criminosos transferiam valores de correntistas para contas de integrantes do grupo. As instituições bancárias estimam que, no último ano, R$ 30 milhões teriam sido desviados por esse esquema.

As investigações, iniciadas em 2016, constataram casos de fraude em Alagoas, Rio Grande do Norte, Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal. A PF apurou ainda que o líder do grupo criminoso, que já havia sido preso pela prática de crimes semelhantes, aproximava-se de pessoas ligados a delitos cibernéticos em cada um desses estados.

As instituições bancárias, vítimas da atuação do grupo, detectaram as fraudes através da ação dos seus setores de segurança e forneceram dados para as investigações. Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de furto mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Bandeirantes é a denominação dada aos sertanistas do período colonial que, a partir do início do século XVI, penetraram no interior do Brasil em busca de riquezas minerais, sobretudo ouro e prata. Faz-se uma alusão à atuação do grupo investigado, que praticou fraude em diversos estados da federação, de norte a sul do país.

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