Advogado de Adélio diz que contratante pagou R$ 5 mil e desapareceu
A Polícia Federal está investigado integrantes da defesa do garçom Adélio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) durante um ato de campanha em Juiz de Fora. Em depoimento obtido pela ‘Veja’, o criminalista Zanone Manuel de Oliveira Junior revelou detalhes de como foi contratado para defender o preso.
Zanone é coordenador da defesa de Adélio e disse que foi contratado por um desconhecido logo após o ataque, ocorrido no dia 6 de setembro.
“Aquela pessoa se apresentou como conhecido de Adélio Bispo da cidade de Montes Claros, esclarecendo que conheceu o autor do fato criminoso em relacionamentos vividos no meio religioso naquela cidade”, lembra o advogado.
No dia seguinte ao atentado, os dois se encontraram no escritório de Zanone, localizado no dia 7 de setembro. O contratante achou o valor inicial dado pelo advogado alto (R$ 150 mil) e o criminalista topou dar um desconto de 83%. Ficou acordado então que ele receberia R$ 25 mil até a conclusão da investigação da Polícia Federal. A pessoa pagou inicialmente o valor de R$ 5 mil e o restante seria transferido em parcelas mensais. No entanto, o contratante “sumiu”.
Zanone diz que topou defender Adélio por um valor inferior pois a “causa seria de interesse de qualquer advogado”. O criminalista deixou seus extratos bancários e telefônicos à disposição da PF. Ainda segundo a reportagem da ‘Veja’, a investigação deverá ser concluída no início do ano que vem.
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