Acusados de envolvimento na morte de Neguinho Boiadeiro negam participação em crime
O vereador de Batalha, Alex Sandro Rocha Pinto convocou a imprensa nesta terça-feira (20) para falar sobre a morte de Neguinho Boiadeiro, ex-parlamentar pelo município. Junto com o sobrinho, Raphael Rocha Pinto, que também participou da coletiva, ele foi preso suspeito de participar do assassinato.
O vereador, preso em fevereiro deste ano, ganhou liberdade no último dia 9 após a juíza Amine Mafra Chukr Conrado, da comarca de Batalha, revogar a prisão preventiva dele e do sobrinho Raphael Pinto Firmino.
Ambos são acusados de terem participado do assassinato do vereador Neguinho Boiadeiro (PSD). Outro suspeito identificado como Maikel dos Santos também foi solto, mas não conseguiu chegar a tempo para a coletiva.
“Quero dizer da minha indignação de estar passando por isso. A minha pessoa e a minha família sofrendo com essa acusação, que com certeza é um equívoco. Sou vereador há cinco mandatos e tinha um grande respeito pela família Boiadeiro, inclusive pelo Neguinho. Dias antes da morte dele, ele estava em minha casa, a gente bebeu, brincou, ele cantou e foi o último a sair da minha casa. Por isso, não há motivação nenhuma para fazer isso com meu colega vereador. Peço as autoridades do Estado que investiguem mais esse crime. Eu venho batendo na tecla que esse caso deve ser investigado pela Polícia Federal”, disse o vereador recém-empossado após a prisão.
Na mesma decisão de soltura, a juíza fixou medidas cautelares que obrigam os acusados a comparecerem em juízo de 15 em 15 dias e os proíbem de manter contatos com a família da vítima, mudar de endereço ou ausentarem-se da comarca sem prévia autorização judicial.
“Me associaram ao crime só porque falei, durante sessão da Câmara, que ligaria para Neguinho Boiadeiro. Disse isso minutos antes do assassinato”, explicou. Ainda segundo Sandro, a quebra do sigilo telefônico tanto dele quanto de Boiadeiro comprovaram que não houve ligação telefônica.
“Gostaria de pedir que a Polícia Federal investigasse esse caso. Embora tenha respeito pela força policial de Alagoas, acredito que a PF poderia fazer um trabalho melhor”, declarou.
Raphael também negou qualquer participação no assassinato. “No dia do acontecido estava na casa da minha avó almoçando e quem veio me contar foi minha esposa sobre um tiroteio na Câmara. Fui olhar e de lá fui pra casa do Sandro, o filho do Kléver estava lá. Depois fui até Major Isidoro com outras pessoas e daí disseram que eu estava envolvido nessa história”, disse.
Sobre o medo de sofrer algum tipo de atentado, o vereador confirmou que está preocupado e reforçou que deve se prevenir.
“Já foi pedido ao Conselho de Segurança do Estado. Na cidade, eu tenho ido só para as sessões da Câmara, mas vou com segurança, três ou quatro policiais, porque eu não sei quem fez isso e podem querer usar a gente como bode expiatório e fazer como queima de arquivo. Então temos que prevenir”, finalizou.
Já Raphael Rocha Pinto também rechaçou envolvimento com o crime. “Nunca tive problema com ninguém. Sou amigo do filho do Neguinho e jamais eu participaria de um negócio desse. No dia do crime, eu estava almoçando quando fui informado pela minha esposa. Quero que seja esclarecido, quem deve que pague”, disse.