Campos Neto presidirá Banco Central e Mansueto será chefe do Tesouro

O diretor do Banco Santander, Roberto Campos Neto, será o presidente do BC (Banco Central) no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, permanecerá no cargo.

O superministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta 5ª feira (15.nov.2018) as indicações ao Poder360. “Vamos anunciar em instantes o Campos Neto no Banco Central e o Mansueto no Tesouro Nacional“, disse.

A equipe econômica também confirmou os nomes em nota.

No caso do BC, a indicação precisa ser chancelada pelo Senado. Campos Neto passará por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos. Confirmado, o nome é votado em plenário.

Campos Neto está em férias. Desde 3ª feira (13.nov.2018), no entanto, estava de sobreaviso na capital federal. O economista e o próximo futuro superministro da Economia, Paulo Guedes, reuniram-se nesta semana.

Quem é Roberto Campos Neto

Roberto Campos Neto é diretor do Santander © Reprodução LinkedIn Roberto Campos Neto é diretor do Santander

Roberto Campos Neto é responsável no Santander pela tesouraria para as Américas no banco. Graduou-se em economia com especialização em economia com ênfase em finanças, cursos realizados na Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

O atual diretor do Santander trabalhou no banco de investimento Bozano Simonsen, do qual Guedes foi acionista, de 1996 a 1999.

Roberto Campos Neto é o 9º ministro divulgado por Jair Bolsonaro.

Os outros 8 ministros anunciados são Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Tereza Cristina (Agricultura), general Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).

O economista é neto do diplomata Roberto Campos (1917-2001), defensor do liberalismo e crítico do comunismo. Campos foi ministro do Planejamento de Castelo Branco, 1º presidente do regime militar, e presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) de Juscelino Kubitschek. Exerceu mandatos de deputado federal e senador.

Roberto Campos, o avô, integrou a delegação brasileira da Conferência de Bretton Woods, que criou o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.

MANSUETO NO TESOURO NACIONAL

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, de 51 anos, será mantido no cargo no governo Bolsonaro.

Mansueto chegou a ser cogitado para a Secretaria da Fazenda. O cargo corresponderia ao atual ministro da Fazenda, extinto pelo nova estrutura da Esplanada, que deixará os ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria sob a guarda de Guedes.

Mansueto é pesquisador de carreira do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e foi convidado por Henrique Meirelles, ministro da Fazenda do governo e Michel Temer, para integrar a equipe econômica.

ILAN NÃO QUIS FICAR POR MAIS 2 ANOS

O atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, não demonstrou interesse em ficar por mais 2 anos na cadeira. Era uma condição essencial para que fosse reconduzido por Bolsonaro.

Uma das propostas do novo governo são mandatos de 2 anos para os diretores da autarquia. O objetivo é controlar a inflação, mas alinhado ao “Ministério da Economia”, que será comandado por Paulo Guedes.

Goldfajn disse nesta 5ª feira, por meio de nota, que Campos Neto é 1 “profissional experiente e reconhecido, com ampla visão sobre o sistema financeiro e a economia nacional e internacional“. Leia a íntegra.

O chefe do BC também manifesta apoio “ao projeto de autonomia do BC de autoria da Câmara dos Deputados e continuará trabalhando junto com os parlamentares para aprovar o texto ainda em 2018“.

 

Fonte: Poder 360

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *