Corpo de italiano deve ser identificado por exame de arcada dentária
O corpo do italiano Carlo Cicchelli permanece como não identificado no Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima, em Maceió. O exame de necropapiloscopia realizado na manhã desta quarta-feira, 7, deu prejudicado diante do estado avançado de decomposição do cadáver.
De acordo com os papiloscopistas Daniel Basto e Alisson Veríssimo, responsáveis pela informação técnica, as impressões digitais do cadáver não ofereceram condições técnicas para confronto papiloscópico devido ao estado de esqueletização.
Com esse resultado, a partir de agora, o IML adotará as medidas necessárias para os exames de arcada dentária e de DNA. O chefe especial do IML, perito médico legista Fernando Marcelo, explicou que o procedimento adotado para identificação e liberação de corpos no IML é mesmo para todos os casos.
De acordo com o chefe do IML, o órgão segue o protocolo de identificação de corpos por meio dos exames de necropapiloscopia, odontolegal e DNA.
Ele esclareceu que a sequência desses exames é definida por meio da viabilidade técnica para a realização de cada um deles, ou seja, depende das condições em que o corpo foi encontrado, e dos documentos que serão solicitados e apresentados pelos familiares da vítima.
O primeiro passo é o reconhecimento visual e a identificação por meio da apresentação de documentos oficiais com foto e digital, como carteira de identidade, Carteira Nacional de Habilitação (CNH), carteira de trabalho, ou passaporte. Não sendo possível dessa forma, é realizado o exame de necropapiloscopia, onde se compara as digitais do cadáver com a de um documento oficial.
Dando inviabilidade, o IML realiza o exame de arcada dentária, mas, para isso, a família precisa apresentar uma documentação ortodôntica da suposta vítima para realizar o confronto odontolegal.
Em último caso é solicitado o exame de DNA Forense ao Laboratório do Instituto de Criminalística de Alagoas, sendo imprescindível a coleta de material genético de familiares em primeiro grau para comparar com as amostras da vítima.