Mulher que confessou ter matado namorado italiano em Maceió presta depoimento à polícia
A mulher que confessou ter matado o namorado italiano em Maceió presta um novo depoimento à Polícia Civil nesta terça-feira (6). O advogado Carlo Cicchelli tinha 48 anos e veio morar no Brasil depois que conheceu Cléa Fernanda Máximo da Silva na Itália.
Na segunda (5), Cléa procurou a polícia, confessou o assassinato e disse que manteve o corpo de Cicchelli por cerca de um mês dentro da casa em que eles moravam, no bairro da Ponta Grossa, na capital de Alagoas.
Nesta tarde, ela presta depoimento à delegada Rosimeire Vieira, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que está responsável pelo inquérito. Pela manhã, a delegada ouviu também o depoimento da mãe de Cléa.
Não há informação sobre a data exata do homicídio. O corpo do italiano está em avançado estado de decomposição e deve ser cremado para que as cinzas sejam enviadas à Itália, segundo informou a correspondente do consulado italiano em Alagoas, Eliza Rogato.
“Vamos aguardar a família [da vítima] chegar para pegar o corpo e levá-lo para Recife para fazer a cremação. Agora precisamos ver a documentação para levar as cinzas para a Itália, porque para levar o corpo precisa de um passaporte mortuário, mas ainda estamos vendo o que precisa para as cinzas”, disse Eliza Rogato.
Suspeitas dos parentes na Itália
Na segunda, a irmã do advogado assassinado disse em entrevista que a última vez que os parentes estiveram com Cichhelli foi no Natal, por meio de uma videochamada.
“Meu irmão era um homem muito família, mas desde que conheceu a senhora Cléa, ele se afastou muito. Acho que ela era uma má influência para o meu irmão, disse Mariza Cichhelli.
O advogado se mantinha contato frequente com a família por videochamada, mas depois do dia 25 de setembro, só chegavam mensagens escritas. Algumas delas pedindo dinheiro.
Em umas das conversas, parentes exigiram que Cicchielli fizesse uma chamada de vídeo para confirmar que estava bem, mas só depois de muita insistência Cléa admitiu que era ela quem estava se passando pelo namorando e enviando as mensagens.
Cléa chegou a contar três versões para a família do namorado. Uma de que ele tinha desaparecido e deixado o telefone com ela, outra de que ele teria viajado para São Paulo e depois fugido para a Colômbia e a última de que o namorado teria se envolvido com a filha de um traficante de Maceió e precisava de dinheiro para fugir.
Nenhuma versão convenceu os famliares do advogado, que procuraram a polícia.