Homem nega agressão a ex-reitor da Uneal e diz que teve o celular danificado

Foto: Assessoria

Após a repercussão da denúncia sobre uma suposta agressão sofrida pelo ex-reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Clébio Araújo, o suspeito de agredi-lo negou o fato através de um Boletim de Ocorrência (BO) confeccionado na Delegacia Regional de Arapiraca. Em depoimento, Jefferson Daniel Silva Constantino afirmou que fez uma filmagem de um movimento partidário dentro da instituição, a pedido do presidente municipal do PSL, e que teve o seu celular danificado.

Conforme consta no Boletim de Ocorrência, Jefferson Daniel – que estava acompanhado de seu advogado – relatou ter tomado conhecimento de que, na Uneal, estava acontecendo um movimento partidário do PT e que o presidente do PSL, Saulo França, havia pedido para que ele fosse até a Uneal para filmar o ato, “que seria ilegal, não recebendo nenhum valor pela filmagem realizada”.

Ao chegar à universidade, Jefferson verificou que, nos corredores e na livraria, havia várias pessoas com a camisa e adesivos do PT e Lula, e começou a filmar todos os que ali se encontravam. Durante a filmagem, segundo o depoente, o professor da universidade ficou irritado e tentou tomar o celular dele.

Jefferson disse que, neste momento, três pessoas o cercaram com o intuito de recolher o seu aparelho celular. Ele negou ter dado uma joelhada no professor. Mesmo resistindo a não entregar o objeto eletrônico, uma pessoa chegou por trás dele e derrubou o aparelho, danificando a película de vidro.

“Disseram que eu, sozinho, fui agredir trinta pessoas. Minha única arma era o celular. Eu não preciso estar andando em faculdade, tentando me promover, para aparecer. Eles são os intolerantes”, argumentou. Na oportunidade, o depoente ainda contou que a Polícia Militar (PM) levou as partes para a delegacia, e que jamais foi preso, nem processado.

VERSÃO DA POLÍCIA

Por sua vez, o delegado regional de Arapiraca, Igor Diego Vilela, em entrevista a uma rádio da cidade, explicou que, na delegacia, não foi constatada nenhuma ameaça de ambas as partes e nem lesão corporal.

“Foram registrados todos os fatos, provas e recolhidas as imagens, para que a Polícia Civil, se entender necessário, instaure inquérito. O aparelho do jovem continua funcionando e o que houve foi a tentativa de cessar a gravação e, consequentemente, de apagar as imagens de uma pessoa que se sentiu prejudicada com elas”, ressaltou.

Questionado sobre a legalidade do ato partidário dentro da universidade, o delegado esclareceu que a legislação eleitoral traz várias condutas vedadas aos servidores públicos, como ceder ou utilizar espaços públicos para beneficiar partido, candidato ou coligação. Caso se comprove isso, cabe representação ao Ministério Público Eleitoral e à Justiça Eleitoral, pois é um ilícito, e não, um crime eleitoral”.

 

*Com Gazeta Web

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