Greve dos servidores municipais de Maceió completa três meses

Foto: Thamires Ribeiro/G1

A greve dos funcionários públicos de Maceió já tem pouco mais de três meses e ainda não houve acordo com a prefeitura. Os serviços municipais estão sendo mantidos, mas com um percentual reduzido de servidores.

Nesta terça-feira (23), cerca de 150 servidores, segundo a organização, se reuniram em frente ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) em um ato público. Eles querem que o reajuste, já sancionado pelo Município, seja com pagamento dos retroativos desde janeiro, e não de junho, como foi definido pela prefeitura.

No início da mobilização , eles cobravam aumento de 15,41%. Sem acordo, a categoria entrou em greve no dia 17 de julho. A prefeitura de Maceió manteve a proposta de 3% e sancionou esse reajuste em agosto, com retroativo de junho. É pela mudança desse retroativo que a categoria luta agora.

“A prefeitura apresentou 3% para todos nós e nós apresentamos uma ação para que ele cumpra a data-base, e esses 3% sejam retroativos a janeiro, tendo em vista que o Projeto de Lei que ele encaminhou foi dos 3% a partir de junho”, disse Consuelo Correia, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal).

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Economia (Semec) informou ao G1 que o reajuste salarial de 3% foi ofertado com base nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e, por isso, não há novas propostas de reajuste. E que o retroativo de junho permanece.

A prefeitura alegou ainda que “o município busca o equilíbrio entre o que os sindicatos querem e o que a prefeitura pode conceder sem comprometer a administração, principalmente no que diz respeito ao pagamento pontual da folha salarial. Aumentar o percentual de reajuste seria comprometer não só o pagamento da folha, como colocar em risco as outras ações que beneficiam a população, como a prestação de serviços de saúde, educação e infraestrutura”.

Enquanto o impasse não tem fim, a mobilização continua. Contudo, a Justiça determinou que sejam mantidos 75% dos servidores da educação em atividade, em cada escola pública municipal, e que os demais sindicatos que aderiram ao movimento mantenham 50% trabalhando nas respectivas secretarias.

A prefeitura confirmou que a determinação está sendo cumprida.

“A nossa greve é legal, é legítima, o Tribunal de Justiça reconheceu, apenas orientou que tenha um percentual de servidores para atender a demanda da sociedade, e estamos obedecendo. Enquanto isso, nossa greve é justa e está mantida”, afirmou a presidente do Sinteal.

G1

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