Embarcação com riscos de contaminação é retirada do Porto de Maceió
A embarcação que estava atracada no Porto de Maceió foi retirada por riscos de contaminação por espécies bioinvasoras. A informação foi confirmada ao G1 pela equipe de Gestão Ambiental do Porto nesta quinta-feira (18).
Um relatório do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) apontava o perigo para espécies marinhas nativas, já que a embarcação havia passado antes por Aracaju, onde a costa é contaminada pelo organismo bioinvasor coral-sol. Uma vistoria no casco detectou o molusco Perna viridis, que também é bioinvasor.
Ela estava aportada na capital alagoana desde o dia 16 se setembro. A embarcação foi desatracada no último sábado (13), após a recomendação do IMA, mas continua na costa alagoana, já que não há nenhum impedimento por parte da Capitania dos Portos.
De acordo com o IMA , mesmo com a embarcação fora do Porto, ainda há riscos de contaminação.
Nos dias 21 e 29 de setembro, biólogos do IMA e o professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Carlos Sampaio mergulharam e coletaram amostras para verificar se havia a presença coral-sol no casco da embarcação. A equipe não encontrou o coral-sol desenvolvido, mas encontrou o molusco Perna viridis, que é semelhante ao sururu, mas tem o tamanho da palma da mão de um adulto.
O IMA explicou que apesar do coral desenvolvido não ter sido detectado, manter a embarcação atracada em Maceió representa um grande risco de contaminação, porque não encontrar o organismo desenvolvido não descarta a possibilidade de contaminação. É que pólipos, que são partículas microscópicas que podem se espalhar rapidamente, podem estar no casco da embarcação.
Novos mergulhos estavam marcados com o objetivo de coletar novas amostras biológicas no local. Mas de acordo com a Gerênciamento Costeiro do órgão, os mergulhos foram cancelados porque a embarcação saiu do Porto.