IML confirma estupro em menina de três anos por padrasto
O Perito Médico Legista Luiz Antônio Mansur Branco, do Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima concluiu e entregou nesta terça-feira, 16, o laudo do exame de conjunção carnal realizado em uma criança supostamente vítima de estupro vulnerável cometido pelo próprio padrasto. O exame na menor de 3 anos, identificada pelas iniciais J. M. V. dos S. apontou a presença de lesão da mucosa anal, provocado por ação de instrumento contundente, apresentando ainda risco de morte.
O homem foi preso no Hospital Geral do Estado, no Trapiche da Barra, no último dia 5, após levar a criança que apresentava machucados na cabeça. Ela ficou internada na Unidade de Cuidados Intermediários, com suspeita de traumatismo cranioencefálico.
Durante consulta, médicos do hospital constataram a ruptura no órgão genital e no ânus da criança. Fizeram denúncia e policiais do 1º Batalhão da Polícia Militar, cumpriram a decisão da juíza Manoela Porangaba.
Nesta terça-feira, o médico legista afirmou que a membrana himenal estava íntegra coraliforme, mas, a região do ânus apresentava uma fissura em mucosa anal. O laudo deixa claro que essa lesão anal não tem relação com a possível queda da própria altura da vítima, por apresentar apenas lesão interna e sem comprometimento da região perineal.
Ainda segundo o legista, a menina apresentava estado grave, intubada com ventilação mecânica, sedada, reativa aos estímulos, e sem condições de avaliação motora. Ainda ficou constatado equimose, edema e escoriação na região frontal à direita, equimose e edema nas regiões esternal, maxilar esquerda e submandibular esquerda, equimose em pavilhão auricular bilateralmente e escoriação nas regiões supra-hiódeia, cotovelo esquerdo e em joelhos bilateralmente.
Outro fato importante relatado no laudo é que durante o atendimento a vítima teve uma piora súbita apresentando crise convulsiva devido a presença de um pedaço de caju e de uma castanha crua na sua boca. Esse corpo estranho provocou a obstrução da via aérea levando a asfixia mecânica, não podendo o médico afirmar ou negar se foi devido a um ato deliberado do agressor.
Durante o exame de corpo de delito realizado no último dia 09 de outubro nas dependências da UTI pediátrica do Hospital Geral do Estado (HGE) também ficou constatado a presença de pediculose na cabeça, sugestivo no mínimo de negligência. Para chegar a todas essas conclusões, o médico Luiz Mansur ainda teve acesso ao prontuário médico da unidade hospitalar e também da ambulância do SAMU responsável pelo resgate da vítima do Centro de Maceió até o hospital.
Assessoria