[Vídeo] Palmeirense com obesidade mórbida pede ajuda para colocar balão gástrico
O palmeirense Fábio Adriano Nascimento de Albuquerque e família decidiram fazer uma “vaquinha” para custear seu tratamento da obesidade mórbida. Ela também necessita de uma cirurgia de redução do estômago.
Indignado com o descaso do serviço público de saúde, Fábio, orientado por médicos, vê como uma das alternativas, comprar o balão gástrico, que custa entre R$ 10 mil e R$ 12 mil. “Não temos condições de comprar, por isso precisamos de ajuda. Com a colocação do balão, posso perder até 70 kg”, afirma.
Devido ao peso, ele anda com dificuldade, sente muitas dores nas pernas. Quando precisa sair de casa enfrenta outro problema, que é arranjar um veículo que o comporte.
O prefeito Julio Cezar, chegou a ir até a sua residência ano passado, oferecer apoio e acompanhamento para que fosse realizada a cirurgia emergencial que deveria ser custeada pelo município. Mas, o que era um sonho para Fábio e a família, ficou apenas na promessa, e sua situação só vem a se agravar.
O homem relata que apesar da promessa do Município, foi aberto um processo administrativo para que o Estado pague as despesas que custam em torno de R$ 50 mil. Ele chegou a perder 13kg para realizar a cirurgia, que até o momento não logrou êxito. “Ano passado o prefeito Julio Cezar teve na minha casa, disse que pagaria a cirurgia bariátrica particular pelo município. A prefeitura de Palmeira me deu o transporte, e pagou três consultas com Dr. Adailton Pinheiro, que faria a cirurgia, com a nutricionista Pérola e com uma anestesista lá no hospital Arthur Ramos em Maceió. Já tinha pego a papelada de internamento, porém, o prefeito abriu um processo contra o Estado e eu permaneço nessa situação. Batalhando pela vida, diariamente aparecem vermelhões em minhas pernas que dificultam bastante. As pessoas deixaram de ajudar, porque acham que já fiz a cirurgia e a minha situação só agrava. Estou desesperado”, desabafou.
Sem muita esperança, Fábio, entrou para a fila do SUS a espera tanto pelos medicamentos, que devem ser custeados pelo Município, quanto pela cirurgia bariátrica, que deve ser arcada pelo Estado. “Se já estou na fila [do SUS] aguardando uma cirurgia de redução do estômago, imagina quanto tempo vou ter que esperar pelo balão? O jeito é fazer uma campanha, temo pela minha vida, pois tenho uma filha pequena para cuidar. Preciso da ajuda do povo, da justiça para viver”, questiona.
A obesidade foi a mola propulsora para o desenvolvimento de doenças e distúrbios de alto risco à saúde, como, por exemplo, a diabetes e dificuldade na circulação linfática, dos quais Fábio sofre. O tratamento por meio da cirurgia bariátrica é um procedimento de custo alto e nem todas as pessoas podem pagar.