Quem tem medo de Luiz de B.Torres?
Natural de Quebrângulo, em Alagoas, filho de Nilo e de Antonieta Barros Torres, chegou em Palmeira dos Índios em 1945, quando deixou o Seminário Nossa Senhora da Assunção, em Maceió.
Como teve boa formação, iniciou ainda como seminarista sua vida literária, mas por causa da disciplina imposta nesta casa de fazer padres, o romance “A Batalha entre as Cruzadas e os Muçulmanos” foi requisitado pela diretoria e se perdeu no tempo os originais do livro.
Casou com a palmeirindiense Terezinha de Jesus Passos, com quem teve sete filhos. Em 1952, fundou o Centro Literário Palmeirense onde ocupou o cargo de presidente.
Luis de B.Torres é autor das seguintes obras: “Procissão dos Miseráveis”, “Os Índios Kariri Xucuru em Palmeira Dos Índios”, “A Terra de Tilixi e Txilia”, “Palmeira nos séculos XVIII e XIX”, “O Catolicismo e sua influência em Palmeira dos Índios”, “Jornais Palmeirenses desde 1865 e vereadores e Prefeitos Palmeirenses desde 1838”, “Estou Baleado me Acudam”, “Visão Social do Evangelho”, “Jesus o impostor”, “Roteiro histórico e Turístico das Ruas Antigas de Palmeira dos Indios”, “Eu e o Amor”, “Socorro, não quero ser padre” e “Roteiro Sentimental de Graciliano Ramos em Palmeira dos Índios” ,este último em parceria com o escritor Ivan Bezerra de Barros.
E também de sua autoria a lenda da fundação de Palmeira dos Índios.
Foi membro e sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. E patrono da Academia Palmeirense de Letras,Ciencias e Artes- APALCA. Faleceu no dia 24 de maio de 1992 na cidade do Rio de Janeiro.
Foi autor do hino e bandeira de Palmeira dos Índios. Também, autor do hino do Colégio Estadual Humberto Mendes.
Foi o descobridor e o primeiro diretor do ator José Jofre Soares, um mito na dramaturgia nacional. Dirigiu as peças teatrais “Morre um gato na China”, “Chuvas de Verão”, o monólogo “As mãos de Eurides” e o “Marido da Deputada”, todas apresentadas aqui em Palmeira Dos Índios, em Penedo e Maceió.
Foi narrador do programa de rádio “O Drama do Cotidiano”, escrito por José Delfim da Mota Branco e representado por vários rádio-atores,sobre fatos acontecidos na cidade. Foi um dos maiores incentivadores das culturas de Palmeira Dos índios.
Não falar em Luiz de B.Torres, é a mesma coisa de ir à Terra Santa e não ver o Papa. Tenho sido cobrado por vários professores entre eles, Roberto Wanderley (Beto Tampinha), Osvaldo Caetano, Kátia Santos e tantos outros. E, geralmente respondo que cobrem da secretária de cultura a professora Isvânia Marques da Silva. Ela sim, é responsável por este setor. A mesma na qualidade de presidente da Academia Palmeirense de Letras,Ciências e Artes, fez realizar bem como todos os acadêmicos, em comum acordo, apoiaram o primeiro Concurso de Prosa e Verso Luiz B.Torres, que foi publicado um livro de 73 páginas editado pela Edições FACESTA, leia-se Padre Antonio Melo de Almeida,(o nosso Padre Motinha). Eu também sinto que a nossa Academia de Letras precisa estar mais atenta as coisas e fatos que acontecem no nosso dia a dia.
Precisamos saber o real valor que a Academia de Letras, recebe de aluguel por parte da prefeitura, já que o espaço da Biblioteca e Sala de Leitura, Luiz Byron Passos Torres, estão alugados a Prefeitura de Palmeira Dos Índios, onde funciona a referida “Secretaria de Cultura”, que por direito estatutário, a partir de que a presidente assume cargos políticos tem o direito e dever de se ausentar, assumindo o vice-presidente.
Isso não vem assim de graça, essa cobrança de se divulgar Luiz de Barros Torres. Luiz é de Quebrangulo como Graciliano. Luiz de Barros Torres fez mais por Palmeira Dos Índios do que Graciliano Ramos, no entanto, vejo pessoas querendo tomar “bigú” no nome do velho mestre Graciliano que é um pop star até os dias de hoje.
De fato, o escritor que nasceu em 1892 em Quebrangulo, interior de Alagoas, onde a água era pouca e a fome muita, morreu no Rio de Janeiro em 1953, vítima de câncer no pulmão, era um homem austero.
Eu estou ciente das características das obras de Graciliano Ramos que sempre elaborou seus textos com uma linguagem breve, enxuta e direta. Graciliano Ramos gostava de uma linguagem nítidaque expressava a situação social, política e psicológica de seus personagens.
Eu costumo dizer que o “Acadêmico é um inativo que se tornou imortal, mas um criador do belo literário.”(Dom Fernando Iório)
O acadêmico deve abraçar aquele tipo de produção participativa, quer ideológica, política e religiosa, contanto, que sua manifestação venha ornamentada de literariedade, fugindo ao simples referencial e ao meramente comum.
Precisamos de professores da rede oficial do Estado e escolas Particulares de Palmeira Dos Índios, precisamos mostrar e falar mais sobre esse homem que dedicou toda a sua vida as coisas e fatos de Palmeira, sempre voltado para a pesquisa, um historiador nato.
Agora cada um de nós palmeirindiense, precisamos falar, divulgar mais as coisas feitas por Luiz de Barros Torres.
Enfim, Luiz B. Torres precisa ser mais lembrado…
Deveriam divulgar mais quem fez algo pela nossa Palmeira dos Índios, a nossa princesa do sertão hoje tão esquecida, Luiz B. Torres fez ela brilhar, a cidade precisa voltar a ter esse brilho…. Amo minha cidade
E dever divulgar quem faz uma cidade brilhar.
Educação e cultura tem reerguido nações