Incêndio de grandes proporções destrói o Museu Nacional no Rio de Janeiro
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Um incêndio de proporções ainda incalculáveis atingiu, no começo da noite deste domingo (2), o Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona Norte da capital fluminense. O prédio histórico de dois séculos foi residência da família real brasileira e tem um dos acervos mais importantes do país – são cerca de 20 milhões de peças.
Segundo a assessoria de imprensa do museu, não há feridos. As causas do fogo, que começou após o fechamento do museu a visitantes, ainda serão investigadas.
Calcula-se que o acervo tenha cerca de 20 milhões de itens. Ainda não e possível calcular o tamanho dos estragos, mas diante das imagens do fogo.
“O fogo está comendo todo o Museu Nacional, completamente. Eu vi uma fumaça saindo e depois começaram as chamas. Está completamente tomado o Museu Nacional. Eu ouvi o carro do Corpo de Bombeiros na Quinta da Boa Vista. Olhando de frente para o museu, o fogo começou do lado direito. Apagaram a luz do parque. Está pegando muito fogo mesmo”, disse a moradora Sylvia Guimarães.
Dois séculos de história
O Museu Nacional é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vinculada ao Ministério da Educação. A instituição foi criada por D. João VI, em 6 de junho de 1818.
Como museu universitário, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem perfil acadêmico e científico.
O museu contém um acervo histórico desde a época do Brasil Império. Destacam-se em exposição:
- a coleção egípcia, que começou a ser adquirida pelo imperador Dom Pedro I;
- a coleção de arte e artefatos greco-romanos da Imperatriz Teresa Cristina;
- as coleções de Paleontologia que incluem o Maxakalisaurus topai, dinossauro proveniente de Minas Gerais;
- o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizada de “Luzia”, pode ser apreciado na coleção de Antropologia Biológica, entre outros.
Fonte: Gazeta Web