Transporte clandestino é usado por mais de 1 milhão de passageiros ao ano em Maceió, diz Sinturb

Por ano, mais de um milhão de maceioenses usam o transporte irregular para se locomover na capital. A informação é do levantamento do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sinturb) divulgado nesta sexta-feira (3).

O levantamento foi feito por fiscais do Sinturb, que conclui uma média de 3 mil passageiros por dia, 90 mil por mês e mais de 1 milhão por ano. A estimativa é de que o valor pago aos irregulares chegue a mais de R$ 3,6 milhões.

Os dados mostram ainda que no primeiro semestre deste ano 730 veículos foram flagrados fazendo o transporte clandestino em diversos bairros da capital.

Por meio de nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) informa que realiza diariamente fiscalizações nas principais vias dos bairros, no intuito de coibir a prática dos transportes irregulares.

Diz ainda que no primeiro semestre de 2018, 255 veículos foram autuados pelo órgão por realizarem o transporte clandestino.

Sobre os táxis lotação, a SMTT escalare que no primeiro semestre deste ano, 33 veículos foram retirados de circulação por efetuarem este tipo de serviço de forma irregular, pondo em risco a segurança dos passageiros.

Para o representante jurídico do Sinturb, Fernando Paiva, a prática causa prejuízo a quem está regular. “Esse tipo de transporte irregular representa um prejuízo grande para as empresas e também a impossibilidade de garantir novos investimentos”, explica.

Ainda de acordo com Paiva, o clandestino não paga tributos e também não oferece os benefícios tarifários essenciais, como meia tarifa para estudante e gratuidade para idosos e passageiros especiais.

De acordo com o Sinturb, dos 730 veículos que foram flagrados fazendo o transporte irregular de passageiros, 20% são de carros comuns de placas cinza, enquanto que as vans complementares representam 30%.

“Em bairros como Bebedouro, Flor do Bairro, Vergel do Lago, Tabuleiro e Ponta Verde é possível ver veículos pequenos ou vans, táxis credenciados e licenciado pela prefeitura, todos fazendo paradas e recolhendo passageiros. E isso acontece de forma diária, alguns já criaram rotas específicas e todos os dias fazem o transporte clandestino”, afirma Paiva.

Para o Sindicato, o transporte clandestino é uma das principais causas de perda de passageiros, em seis meses de 2018, as empresas já registram a queda de 19%.

Fonte: G1 AL

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