Navio com quase 240 pessoas será acolhido por Malta

No entanto, as autoridades de Valeta ainda aguardam o aval de outros países europeus sobre a distribuição das pessoas a bordo da embarcação.

“Acabei de falar no telefone com o primeiro-ministro [Joseph] Muscat: o navio da ONG Lifeline atracará em Malta”, anunciou o premier da Itália, Giuseppe Conte.

O país é um dos que aceitaram receber os passageiros do navio, assim como França e Portugal, além da própria Malta.

No entanto, outras três nações, Alemanha, Holanda e Espanha, ainda estão avaliando a situação, segundo o jornal “Times of Malta”. Além disso, também a pedido de Roma, Valeta abrirá uma investigação sobre a ONG, que diz usar um navio de bandeira holandesa, mas o país alega não ter registros da embarcação.

O capitão do navio também será investigado, por supostamente ter ignorado instruções da Itália para deixar o resgate sob responsabilidade da Líbia. “Após a ONG Aquarius [navio da SOS Méditerranée], mandada para a Espanha, agora é a vez da Lifeline, que irá a Malta, com seu navio fora da lei que finalmente será apreendido. Para mulheres e crianças em fuga da guerra, as portas estão abertas, para todos os outros, não”, escreveu no Twitter o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, usando uma hashtag que significa “fim da invasão”.

A Itália é o 43º país do mundo que mais acolhe refugiados e solicitantes de refúgio em números relativos e o 16º em cifras absolutas, segundo os dados do último relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur): 354 mil, o que equivale a 0,58% de sua população.

Na União Europeia, a Itália é a 11º em números relativos, atrás de Suécia, Malta, Áustria, Chipre, Alemanha, Grécia, Dinamarca, Holanda, Luxemburgo e França, nesta ordem. Em 2018, de acordo com o Ministério do Interior, 16.551 deslocados externos chegaram em solo italiano, queda de 77,39% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com informações da ANSA.

Fonte: Notícias ao Minuto 

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