Mãe ‘dopa’ filho que matou mulher e crianças e chama polícia: ‘Aliviada’
O homem suspeito de matar a própria esposa e duas enteadas a facadas, em São Vicente, no litoral de São Paulo, foi dopado pela própria mãe antes de ser preso, na madrugada desta quarta-feira (20). Em entrevista ao G1, a mãe de Magno Brandão, de 27 anos, disse que precisou tomar a atitude drástica porque estava sendo ameaçada. Durante a noite, ela, que prefere não se identificar, colocou remédio em uma bebida do filho para induzir o sono e, em seguida, chamou a polícia.
Os corpos de Thamiris de Souza Santos, de 30 anos, de Nayara Machado de Souza Santos, de oito, e Nicolly de Souza Santos, de quatro, foram achados na madrugada de domingo (10). As três foram assassinadas com facadas no tórax e pescoço e tiveram os corpos encontrados em estado de decomposição dentro da casa em que moravam, no bairro Parque Continental.
Brandão, namorado de Thamiris, se tornou o principal suspeito após fugir do local do crime. Segundo a polícia, vizinhos que acompanharam a movimentação da perícia e a retirada dos corpos relataram que, uma semana antes da morte das três, Thamiris e ele haviam tido uma forte discussão, possível de ser ouvida da rua.
Ele foi preso na casa da família, também em São Vicente, após ser denunciado pela própria mãe. “Ele chegou em casa nesta madrugada, dei um copo de suco com dois comprimidos calmantes, ele ficou dopado, dormiu e eu chamei a polícia”, explica a mãe de Magno. Ela ainda esclarece que estava sendo ameaçada e que nunca escondeu o filho dentro de casa.
A polícia prendeu Magno na casa da mãe, no Jardim Rio Branco, na Área Continental da cidade, logo após a denúncia. “Estou sendo ameaçada por causa do crime, mas não denunciei ele por isso. Denunciei porque era o certo. Estou aliviada, tirei um peso das costas”, completa. Após ser preso, o suspeito foi recolhido à cadeia anexa ao 5º Distrito Policial de Santos.
Crime
O crime aconteceu na terça-feira (5), mas os corpos de Thamiris, Nayara e Nicolly só foram achados na madrugada de domingo. As três foram assassinadas com facadas no tórax e pescoço e tiveram os corpos encontrados em estado de decomposição dentro da casa em que moravam, no bairro Parque Continental.
Durante as investigações, a polícia concluiu que Magno havia cometido o crime na terça-feira (5) e, durante cinco dias, permaneceu com os corpos dentro de casa sem acionar a polícia. A conclusão da polícia foi possível após vizinhos relatarem que ele foi visto no local um dia antes de as vítimas serem achadas.
Durante as investigações, o pai de Brandão foi ouvido pela polícia e confirmou que o filho é usuário de drogas e que, com frequência, fazia o uso de entorpecentes em área próxima à cachoeira do Paratinga, também na cidade.
O pai do suspeito também mostrou em seu celular mensagens enviadas por Brandão. O filho usou o celular da ex-companheira morta. Nelas, Brandão se desculpava, dizendo que ele “nunca o perdoaria pelo que fez”, além de confessar que lembrava do fato de “acordar com uma faca na mão”. Os relatos foram suficientes para que a Polícia Civil encarasse Brandão como principal suspeito da morte de Thamiris e das filhas.
Fonte: Alagoas 24 Horas