Sobe para 32 o número de feridos por agulhas no São João de Campina Grande
Subiu para 32 o número de vítimas de agulhadas atendidas no Hospital de Trauma de Campina Grande, entre sexta-feira (08) e quarta-feira (13). De acordo com informações do Portal Paraíba Online, as pessoas foram feridas no Parque do Povo, durante o São João de 2018 de Campina Grande.
De acordo com a infectologista Priscila de Sá, as vítimas contaram que sentiram as furadas e, logo depois, foram ao hospital em busca de ajuda. Pelo menos 27 foram feridas dentro do Parque do Povo e cinco em bloco junino. A polícia investiga o caso e pede que todas as vítimas que foram ao Hospital de Trauma também prestem depoimento na Central de Polícia. O delegado Henry Fábio disse que as pessoas que não se apresentarem podem ser intimadas a depor. O objetivo é garantir o andamento das investigações. Uma mulher foi detida com agulhas na noite de terça-feira (12), no Parque do Povo, em Campina Grande. Mas, de acordo com a Polícia Civil, a mulher não tem ligação com as vítimas que têm procurado o Hospital de Trauma nos últimos dias. Ela prestou depoimento e foi liberada, depois de informar que estava com as seringas porque trabalha com a aplicação de piercing. Até o início da manhã da segunda-feira (11), o Hospital de Trauma já havia registrado cinco casos. Outras duas pessoas que viram os casos sendo relatados na imprensa também procuraram atendimento durante a tarde. Na noite de segunda, mais sete pessoas homens procuraram o hospital relatando o mesmo caso. Mais vítimas foram ao Trauma na terça-feira (12) e na quarta-feira (13). Uma delas chegou às 4h de quarta e informou ter sido ferida durante o show do cantor Luan Santana, no Parque do Povo. Ao todo, são 20 homens e 12 mulheres feridas. Priscila de Sá, médica do Hospital de Trauma, informou que, após o atendimento, a equipe de saúde confirmou que havia marcas de agulhadas no corpo das vítimas, mas que ainda não há como saber se as seringas estavam com alguma contaminação ou não. O procedimento feito no hospital, segundo Priscila, foi registrar um protocolo de acidente por agulha possivelmente contaminada.
O secretário de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Cláudio Lima, afirmou que pretende juntar esforços para poder garantir a segurança da população, procurar as falhas e buscar reparar para desenvolver um melhor trabalho preventivo. De acordo com o capitão da Polícia Militar, Jhonata Yassaki, as denúncias estão sendo apuradas. Ele destacou que as ocorrências não foram notificadas na Polícia Militar, pois as vítimas foram em busca de atendimento médico imediato. Desde as primeiras horas da manhã de segunda-feira, as imagens das câmeras de segurança do Parque do Povo estão sendo analisadas. A PM também destacou que a biometria facial anunciada pela empresa organizadora não está sendo feita. “As informações que tivemos foi através da imprensa e do Hospital de Trauma, porque as vítimas buscaram de imediato o atendimento de saúde preventivo. Pegamos algumas características com as vítimas e estamos analisando as câmeras de segurança. E o comando também pediu o reforço nos procedimentos de segurança”, disse ele. Já a empresa Aliança, que faz a organização do evento, divulgou uma nota na tarde de segunda-feira, informando que estava trabalhando em conjunto com a Polícia Militar para investigar os casos. A nota ainda diz que nos postos de atendimento do Parque do Povo, apenas uma ocorrência foi registrada. Sobre a biometria facial, a assessoria de imprensa da Aliança informou que os equipamentos foram garantidos, mas ainda precisam ser instalados nas entradas do Parque do Povo. Apesar disso, até a tarde desta segunda-feira não havia sido anunciado um prazo para a instalação. Para realização de exames (testes rápidos), quem precisar de atendimento pode procurar o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), no Centro de Saúde Francisco Pinto, localizado na Rua Venâncio Neiva, Centro de Campina Grande. No Serviço de Assistência Especializada (SAE), o paciente pode receber acompanhamento com médicos e equipe multiprofissional e receber a medicacação necessária. O SAE fica na Rua Siqueira Campos, 658, no bairro da Prata. Mais informações podem ser obtidas nos telefones (83) 3310-7069 (CTA) ou (83) 3322-3272 (SAE). Em João Pessoa, as vítimas devem procurar o Hospital Clementino Fraga, referência no atendimento, localizado na Rua Esther Borges Bastos, no bairro de Jaguaribe.Mulher detida
Atendimentos médicos
O que dizem os responsáveis pela segurança do São João
Onde procurar atendimento médico
Fonte: GLOBO