Redução no preço do diesel ainda não chegou em Maceió
O preço cobrado pelo valor do diesel em Alagoas ainda não sofreu a redução anunciada pelo governo federal para pôr fim à greve dos caminhoneiros, que paralisou o país por quase duas semanas. Nesta sexta-feira (1), o valor do litro em alguns postos de Maceió variava entre R$ 3,89 e R$ 3,99 e
Segundo o Ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, o preço do litro do diesel nos postos deveria estar, já nesta sexta, R$ 0,46 menor que o praticado em 21 de maio, quando começou a greve.
A constatação dos preços nos postos da capital foi feita pela reportagem, que também encontrou estabelecimentos ainda com abastecimento comprometido de diesel, gasolina e etanol.
O combustível começou a faltar em Alagoas no final da semana passada, depois que a entrada do Porto de Maceió foi bloqueada. No sábado (26), vários postos estavam completamente sem estoque. Nos poucos que tinham, longas filas se formaram. O porto só foi liberado no final da tarde de sábado.
Além do diesel, a falta de abastecimento fez alguns postos elevarem o preço da gasolina. Em alguns deles, só tem gasolina aditivada, ao preço de R$ 4,79 o litro.
Em um posto na Avenida Leste-Oeste, o último abastecimento de diesel foi na quarta (30), quando chegaram 5 mil litros, que acabaram em pouco mais de uma hora.
Segundo James Thorp Neto, preidente do Sindicombustíveis Alagoas, a redução deve começar a ser aplicada à medida em que os postos começarem a receber estoque com os preços atualizados.
“Isso aí é uma decisão de cada revendedor, mas existem vários fatores que influenciam nisso. O posto só pode repassar o valor que ele receber a menor por parte da distribuidora”, explicou James Neto.
Redução de ICMS
Uma das medidas para reduzir ainda mais o preço do combustível seria a redução da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel.
A proposta feita pela equipe econômica do governo federal autorizaria os Estados a diminuir em R$ 0,25 a base de cálcul, o que poderia levar a uma queda de R$ 0,05 no preço do litro do combustível nos postos.
Porém, treze governadores não aceitaram. Nesta manhã, o governador Renan Filho (MDB) declarou que não é contra a redução, desde que seja uma decisão nacional.
“Não é prudente a gente tomar decisões que podem implicar em parar políticas públicas, deixar de pagar salários ou dificultar o funcionamento do governo. Agora, se for uma de uma decisão nacional, onde todos os estados que vivem uma crise fiscal absurda, não pagam salários, toparem, eu também topo, porque eu tenho certeza absoluta que Alagoas não será o primeiro a quebrar”, disse Renan Filho.
Fonte: G1