Aguardando convocação, aprovados em seleção da Saúde denunciam contratação de funcionários e perseguição em Palmeira

Atualizado ás 10h58

Candidatos aprovados no Processo Seletivo da Secretaria de Saúde, realizado pela Prefeitura de Palmeira dos Índios em 2017, denunciam irregularidades na nomeação e afirmam que algumas contratações estão ocorrendo “fora da lei”.

De acordo com uma das denúncias encaminhada ao , por candidatos, que foram aprovados no Processo Seletivo, o prefeito Julio Cezar (PSB) teria preenchido vagas em função de nível técnico na Prefeitura Municipal, sem processo seletivo e sem respeitar a ordem de classificação do processo de seleção.

Uma das aprovadas, que não quis se identificar, temendo não ser nomeado para ocupar a função, utilizou como exemplo o cargo de “odontólogo”. A denunciante, alega que a classificada no processo,Karla Dayana Tavares Cavalcante,  conseguiu boa colocação por influência pai, Carlos Roberto Rocha Cavalcante, responsável pela contabilidade do município. “Será que se ela não fosse filha do contador da prefeitura, teria passado na seleção? Isso é inadmissível. Não existe!”, indagou a fonte.

Ainda segundo a denúncia, no “Portal da Transparência” da Prefeitura é possível constatar que candidatos não foram chamados pela ordem de classificação, “já foram nomeados pelo prefeito para exercerem cargos na rede municipal de Saúde, candidato em classificação superior a minha. Isso mostra total desrespeito com os classificados e a ordem de classificação dos aprovados no processo seletivo realizado”, denunciou outra candidata.

SAMU

Uma outra denúncia aponta, que foram afastados quatro funcionários do SAMU,  sendo dois condutores (efetivos) e dois técnicos de enfermagem (comissionados). “Os condutores estavam cedidos ao SAMU, embora, sejam seis funcionários nessa função. Por que somente dois voltaram para a Secretaria de Saúde? Além de que, o Joao Kielson Souza Aguiar substituiu um dos condutores e o José Wagner Correia de Mendonça, que já trabalhava lá, não foram classificados na seleção, o que demonstra claramente a fraude e a perseguição”, disse outra fonte.

Condutores e técnicas foram afastados dos trabalhos da unidade, dia 30 de abril, conforme comunicado abaixo.

Os afastamentos são atribuídos a perseguição política por parte do gestor. “Nossa equipe trabalhava há nove anos no SAMU. Meu contrato terminava em 31 de julho, antes disso, fomos dispensados, em 30 de abril. Trabalhei na gestão passada e nessa permaneci realizando minhas funções. No meu lugar está uma técnica formada recentemente. Há suspeitas de que outra que também entrou, não participou do processo seletivo, porque residia em São Paulo e chegou na cidade há poucos meses. Ela é nora de um dos condutores do Samu, por isso está lá. O processo ocorreu ano passado. Como ela participou? Isso é perseguição política contra nós”, acusou uma das técnicas.

Os técnicos de enfermagem classificados ( lista abaixo) para trabalhar no Samu, não foram convocados. “Ninguém foi convocado, porém, Taís Ferreira Lopes e Clara Núbia Pereira da Silva que não participaram da seleção, hoje ocupam cargos que deveriam ser de quem fez o PSS. O nome delas não consta na lista”, complementou.

A candidata informou ainda ao , que junto com outros candidatos de diversos setores denunciará o caso ao Ministério Público Estadual (MPE), para exigir de Júlio Cezar a “correta nomeação” dos aprovados no processo seletivo.

Outro Lado – A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação, que informou os dois  motoristas voltaram para os órgãos de origem. Quanto as técnicas, assessoria disse que ambas teriam retornado ao cargo, porém, a reportagem, constatou que elas continuam afastadas.

Processo Seletivo

O processo seletivo da saúde da Prefeitura de Palmeira foi realizado nos dias 03 a 05 de Maio de 2017, para 141 vagas para diversos cargos, do ensino fundamental ao superior.

Os critérios de avaliação ocorreram em duas etapas, primeiro a avaliação curricular de títulos e experiência profissional dos candidatos e posteriormente, entrevista individual com os selecionados. O resultado final foi divulgado em 30 de maio.

A contratação por tempo determinado tem o objetivo de atender excepcional interesse público e não pode ser usada de forma desmesurada para o preenchimento de cargos que exijam processo de seleção.