Voluntário em igreja de Coqueiro Seco, AL, é condenado por estupro de criança

Um homem que fazia trabalho voluntário como obreiro auxiliar de uma igreja evangélica de Coqueiro Seco, região Metropolitana de Maceió, foi condenado a 21 anos e oito meses de prisão por produção de imagem pornográfica de crianças, aliciamento de menores e estupro de uma menina de 10 anos.

A decisão, do juiz Bruno Araújo Massoud, da Comarca de Santa Luzia do Norte, foi divulgada nesta sexta-feira (25).

De acordo com a acusação, Cícero Jorge Mendes, conhecido como “irmão Jorginho”, levou duas meninas para um ensaio de um conjunto de louvor da igreja em julho de 2017 e lá pediu que elas fossem ao banheiro e tirassem fotos de suas genitálias. Uma menina de dez anos chegou a tirar a foto, a outra fugiu.

Na semana seguinte, Cícero pediu que a menina tirasse mais fotos e a apalpou. Segundo denúncia do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL), o obreiro levava três meninas para o ensaio todas as terças-feiras e as obrigava a assistir vídeos pornográficos em seu celular.

À época, quando ele foi preso, foram encontradas fotos da vítima expondo a genitália em seu celular. Porém, ele alegou que a criança pediu o celular para jogar, e que não sabia das fotos. “Moro próximo à casa da família dela, e sempre os convidava para ir ao culto. Se eu soubesse que ela pegaria o celular para tirar fotos no banheiro, não teria dado”, disse.

A defesa chegou a alegar que a mãe e o padrasto de uma das crianças elaboraram um plano incriminador contra ele. Mas, para o magistrado, essa tese não tem sustentação.

“As vítimas apresentam a mesma narrativa e elucidam, com clareza, a conduta do réu em fornecer seu celular, nos dias de culto, para que vissem vídeos pornográficos […]. Os depoimentos se mostram sólidos e coerentes e não há razões para desconsiderá-los”, diz a decisão de Massoud.

G1

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