Olho Vivo: Fundo Nacional repassou R$ 50 milhões para a saúde de Palmeira dos Índios em 2017

A gestão do atual prefeito de Palmeira dos índios, Júlio Cezar (PSB), durante o ano de 2017, recebeu da União por meio do Ministério da Saúde, recursos federais que chegam a R$ 50 milhões em seu primeiro ano de mandato.

Foram recursos destinados para Média e Alta Complexidade (MAC) que engloba Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Hospital Regional Santa Rita,   assim como também, para o Piso da Atenção Básica (PAB), que recebe recursos divididos em duas modalidades – o PAB fixo e PAB variável.

Confira abaixo total de repasses do Fundo Nacional de Saúde por grupos em 2017:

O valor líquido dividido em blocos repassado à Palmeira dos Índios foi de R$ 50. 273,161,93 (Cinquenta milhões, duzentos e setenta e três mil, cento e sessenta e um reais e noventa e três centavos) em 2017.

De acordo com o filtro realizado, os valores apresentados serão de repasses municipais de PALMEIRA DOS INDIOS do Estado de ALAGOAS.

Em 2017, Palmeira dos Índios recebeu R$ 4.100,000,00 (Quatro milhões e cem mil), destinados à incrementos para Média e Alta Complexidade(MAC).

Conforme o demonstrativo, Palmeira dos Índios recebeu em agosto, R$ 2.600,000,00 (Dois milhões e seiscentos mil) e em setembro R$ 1.500,000,00 (Hum milhão e quinhentos mil) destinados a incrementos temporários de custeio de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar, totalizando R$ 4.100,000,00 (quatro milhões e cem mil) para investimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Hospital Regional Santa Rita.

Para Piso da Atenção Básica (PAB) fixo, o município recebeu de janeiro a dezembro de 2017, o montante de R$ 153.265, 57 (Cento e cinquenta e três mil, duzentos e sessenta e cinco reais e cinquenta e sete centavos) mensal.

 

  • PAB fixo: Parcela de Recursos fixa, calculado à partir da população da cidade.

  • PAB variável: parcela variável do recurso federal que é repassada à medida que os municípios realizam ações e políticas de saúde específicas em suas cidade.

Os repasses de incremento recebidos por Palmeira dos Índios, deveriam ser usados para manutenção dos serviços, ou seja, para aquelas atividades que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Os recursos acima, deveriam ser aplicados no custeio, propiciando as condições adequadas de infraestrutura e de recursos materiais destinados à assistência em saúde, sendo proibida a aplicação dos recursos de que trata este,  para pagamento de pessoal e encargos.

Os dados publicados nessa matéria podem ser consultados no site do Fundo Nacional de Saúde (http://portalfns.saude.gov.br/) e os valores detalhados podem ser consultados no link a seguir

https://consultafns.saude.gov.br/#/detalhada

A forma como os recursos foram aplicados merece uma investigação do Ministério Público (MP).

Dificuldades

A população de Palmeira dos Índios tem enfrentado uma série de dificuldades em vários setores, embora a saúde pública vem sendo de fato, um dos maiores, dentre todos os problemas. Desde que assumiu a prefeitura, em janeiro de 2017, Julio Cezar vem sendo alvo de denúncias de munícipes, seja pela ausência de exames, de medicamentos -muitos conseguiram por meios jurídicos- e diversas reclamações em relação ao atendimento básico de saúde. A dificuldade na retirada de medicamentos gratuitos era outra reclamação, embora, tenha sido abastecido na semana passada, após longo período de espera dos usuários.

Demora

Um funcionário público afirmou que há dois meses tenta marcar uma consulta para sua mãe de 84 anos. Quando chega a UBS do seu bairro a resposta é sempre a mesma, “não tem previsão de marcação de consultas”, afirmou a fonte que preferiu não se identificar.

Descaso

Neide Tavares, usuária do Sistema Único de Saúde (SUS), denunciou nas redes sociais que médicos se recusaram a atender seu pai, de 72 anos, por ter atingido a cota de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Palmeira dos Índios. O fato ocorreu na última sexta-feira (18).

“Eu levei meu pai meia noite da sexta feira pra UPA 24 horas de Palmeira dos Índios, e não foi atendido, por que o médico já tinha passado da quantidade de pacientes a ser atendido. Era para ter três médicos, mas infelizmente não tinha. Fui pessoalmente na sala do médico, perguntei.. Meu pai vai ser atendido? A resposta do médico foi que eu falasse com as enfermeiras lá na sala, fui lá e falei e a resposta foi, não.. Agora eu pergunto, de quem é a culpa? Do paciente ou das autoridades? Do prefeito da cidade, vamos lá, quero resposta”, disse Neide em sua postagem no facebook.

Ela ficou revoltada após saber que seu pai não poderia ser atendido imediatamente.

Procurada pela reportagem do Estadão Alagoas, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Palmeira dos Índios informou que não existe nenhum comunicado para a prefeitura a este respeito. Ainda segundo a assessoria, a prefeitura irá notificar a empresa que gerencia a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “A prefeitura não concorda com isso”, informou.

O Estadão Alagoas procurou a coordenação da UPA, que informou que “em alguns dias, os médicos estão restringindo o atendimento à área amarela e vermelha, quando ultrapassado o total de 70 pacientes por médico no plantão de 24h”.

Promessas

Durante a campanha em 2016, o atual prefeito Julio Cezar, fez duras críticas ao funcionamento precário da UPA, prometendo reabrir a emergência do hospital, antigo sonho do povo palmeirense.

Sabe-se do alto custo para reabrir a emergência do hospital, até por que a verba destinada anteriormente aquela unidade, hoje está sendo utilizada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Para o gestor e seu grupo político, o importante era vencer a qualquer preço.

A ideia dos recursos destinados a saúde em 2017, estão descritos acima, para Alta Complexidade e Atenção Básica, justamente os setores que mais sofreram com o descaso e falta de compromisso com a população.

No entendimento da população palmeirense, a saúde está na UTI. Os repasses a nível federal estão sempre vindo e com volumosos acréscimos.

O povo quer saber.. Onde foram aplicados os recursos?

 

 

 

 

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