A 2ª Delegacia de Homicídios já investigava o desaparecimento da mulher desde o domingo (13). A família a viu pela última vez quando ela informou que sairia de casa, no bairro Bom Jesus, na Zona Leste, para buscar roupas. Naquele mesmo dia, familiares registraram o desaparecimento. Na terça-feira (15), o vídeo começou a circular em redes sociais e chegou até os investigadores, que mostraram para a família e confirmaram que ela foi vítima do crime.
O vídeo é gravado em um matagal e mostra uma pessoa com uma arma atirando duas vezes contra Paola. Outra pessoa filma. Antes de ser baleada, a vítima se deita em uma cova, que parece ter sido recentemente aberta pelos criminosos. Ela não reage à ação.
A polícia tenta descobrir, agora, onde ocorreu o crime. O delegado Gabriel Bicca, diretor de investigações do Departamento de Homicídios, diz ainda não ter pistas sobre a cova e que a localização é considerada fundamental para o inquérito.
Também no domingo, mas na madrugada, por volta de 4h45min, Paola fez postagem em seu Facebook afirmando que seu ex-marido teria colocado uma foto sua em um grupo de troca de mensagens atribuído a traficantes de uma das maiores facções do Rio Grande do Sul. Na mensagem, ela diz que “apanhava horrores” dele.
Bicca garante que a polícia está tratando de delimitar com quem Paola se relacionava. O objetivo é tentar descobrir o motivo do crime. Para ele, o crime ocorreu “no contexto dos grupos criminosos” de Porto Alegre e, com a divulgação do vídeo, o caso deixou de ser um “simples desaparecimento”. A polícia não descarta a possibilidade de as postagens que ela fez terem motivado o crime.
GaúchaZH teve acesso ao vídeo, mas em respeito à família e aos leitores não publica o material.