Militares rejeitam mais uma proposta de reajuste salarial
Os policiais militares e bombeiros de Alagoas rejeitaram mais uma proposta oferecida pelo governo durante uma assembleia realizada nesta nesta segunda-feira (7), em frente ao Palácio República dos Palmares, no centro de Maceió.
Diferente dos percentuais oferecidos pelo governo no dia 24 do mês passado, que também foram rejeitados, o governo ofereceu, na última sexta (4), 12% divididos em quatro anos, sendo 5% em 2019 e mais 5% em 2020, e 1% em 2021 e 1% em 2022.
“Não teria lógica a gente ficar preso daqui a quatro anos para receber 1%. Por enquanto, a nossa mobilização continua e a tropa está agindo dentro de operações de legalidade, ou seja, tudo aquilo que a lei nos ampara pra fazer. Nós sabemos que os índices vêm aumentando em decorrência dessa desvalorização dos militares de Alagoas.”, desabafou a tenente-coronel Camila Paiva, do Corpo de Bombeiros.
Os militares irão continuar com as ações da Operação Padrão, mas ainda segundo a tenente-coronel Camila, o aquartelamento ainda não foi deliberado.
Com isso, eles só irão sair às ocorrências se os objetos de trabalho estiverem dentro da lei, como as munições dentro do prazo de validade, as viaturas plotadas com o padrão de cor apresentado no documento dos veículos e entre outros.
“Estamos fazendo todas as ações dentro do que está estabelecido na lei, por isso que ainda vamos continuar fazendo as ações que são de legalidade, que tem amparo legal justamente para preservar a nossa tropa”, contou.
Eles esperam agora um contato do Governo do Estado para uma nova reunião de negociação.
Ato reforçou demandas
No dia 11 de abril, antes do início das negociações neste ano, os militares fizeram uma caminhada pelo centro de Maceió para cobrar por direitos trabalhistas.
Dentre os pedidos estão reposição salarial; o IPC relativo a 2015, que é de 10,67%; implantação da lei de promoções, que segundo a categoria, foi promessa de campanha; e ajustes das verbas de uniforme e alimentação. Os servidores dizem que esses dois últimos estão previstos em lei.
Já no dia 13 de abril, na mesma semana em que ocorreu o ato, aconteceu a primeira reunião do Governo de Alagoas com os policiais militares e bombeiros. Eles avaliaram a oferta e marcaram uma assembleia para dias depois, onde ficou acordado que a primeira proposta havia sido recusada.
Fonte: G1