Renan Filho é citado em lista da Odebrecht

O governador Renan Filho (PMDB) está entre os nomes de gestores listados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) para abertura de inquérito, ainda como desdobramento da Operação Lava Jato.

Os pedidos de investigação enviados ao Supremo trazem acusações de crimes como corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, formação de cartel e caixa 2.

Além de Renan Filho, também são citados os governadores Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro, Fernando Pimentel (PT), de Minas Gerais, Tião Viana (PT), do Acre e Beto Richa (PSDB), do Paraná.

O governador Renan Filho, por meio de assessoria, declarou que “todas as doações recebidas pela campanha foram rigorosamente dentro da legislação”.

Em nota encaminhada à Gazeta, Renan Filho diz ainda que “assim como os demais citados pela mídia, ainda não teve acesso ao teor do pedido de investigação feito pelo procurador-geral Rodrigo Janot. O governador de Alagoas não interrompeu sua jornada de trabalho por conta dessa notícia e ontem acompanhou o Jornal Nacional em meio à uma reunião com o secretário de Saúde, Carlos Christian”.

Um dia depois de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviar 320 pedidos com base nas delações premiadas de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Corte, Edson Fachin, disse ontem, 15, que ainda não recebeu o material encaminhado por Janot. “Não, ainda não”, respondeu Fachin a jornalistas, ao chegar para a sessão plenária desta quarta-feira, 15.

Indagado se tinha alguma previsão para analisar os pedidos de Janot, Fachin sorriu. “Por ora, estou indo à sessão. Falaremos depois, está bom?”, disse.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o relator da Lava Jato no STF pode levar até 10 dias para avaliar os pedidos feitos pelo procurador-geral

Foram enviados ao Supremo 83 pedidos de abertura de inquérito. Ficarão a cargo da PGR investigações que devem tramitar no STF e também no Superior Tribunal de Justiça (STJ) – a este último serão encaminhadas investigações envolvendo governadores de Estado da República.

Também foram solicitados 211 declínios de competência para outras instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro, além de sete arquivamentos e 19 outras providências. Antes de entrar no elevador rumo ao plenário da Corte, Fachin foi questionado se o Brasil sobreviveria à delação da Odebrecht. O ministro levantou as mãos, mas não respondeu.

*Com Agência Estado

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