Eduardo Tavares rompe com Alfredo Gaspar e denuncia site que o acusa de fraudar enquete eleitoral

O prefeito de Traipu, Eduardo Tavares (PSDB), entrou com uma representação na Justiça alagoana contra um site que o acusou de fraudar pesquisa eleitoral na qual coloca seu nome como pré-candidato ao Senado.

A denúncia é referente a enquete realizada pela página federalnews.com.br que apresenta também, como pré-candidato dos agentes da Polícia Federal, o nome do procurador-geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça. Segundo Tavares, a pesquisa é totalmente tendenciosa porque seria “carregada de elogios ao pré-candidato”, no caso, Alfredo Gaspar.

“O que me faz estarrecido e o que me faz ingressar com essa representação, em vários segmentos, senhores, é o fato inicial de que, ontem (21), por volta da meia-noite, o pré-candidato Alfredo Mendonça, dos agentes federais, estava com aproximadamente 1.400 votos e o meu nome aparecia com cerca de 1.100 votos. Para minha surpresa, os meus votos foram zerados, já pela manhã de hoje”, informou o prefeito.

E continuou: “E o pior, com a  possibilidade de quem votou em minha pessoa não votar mais e com a explicação esdrúxula, do porta voz do pré-candidato Alfredo Mendonça, agente federal Flávio Moreno, postulante ao cargo de senador, também, de que teria sido usado um robô em minhas votações”.

“Assim, solicito, de Vossas Excelências, uma apuração por técnicos em informática, por uma equipe que não seja da Polícia Federal, evidentemente, para se verificar a existência de eventual fraude, e, caso positivo, quem a praticou”, destacou na representação.

Em conversa com o EXTRA, Eduardo Tavares declarou que ficou decepcionado com o procurador-geral Alfredo Gaspar, sendo que chegou a pensar em apoiá-lo nas eleições deste ano. “Ele deve estar por trás dessa canalhice”, disse Tavares.

Confira a íntegra da Representação

Prezados senhores,

Sirvo-me do presente expediente para levar ao conhecimento dos senhores um fato absurdo que vem ocorrendo em Alagoas.

Uma pesquisa eleitoral via Internet (enquete), que está sendo realizada pelo site Federalnews.com.br e que apresenta, como candidato dos agentes federais de polícia, o nome do Procurador-geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça, enquete totalmente tendenciosa, vez que carregada de elogios ao citado pré-candidato, lançou, sem a minha autorização, o meu nome como possível candidato ao senado, entre outros pretensos, ou não, candidatos. Para minha surpresa, talvez devido à minha austera atuação como Procurador Geral de Justiça de Alagoas, como Secretário de Segurança do Estado de Alagoas e como atual Prefeito do Município de Traipu/AL, tendo sido, inclusive, candidato ao Governo de Alagoas, pelo PSDB, no pleito passado, e renunciado em seguida, por não concordar com os critérios partidários, talvez por isso, repito, o meu nome, Eduardo Tavares, começou a ser sufragado com muita força e entusiasmo pelo grupo conhecido como “Amigos do ET”, grupo que existe já há aproximadamente 05 anos e que tem  promovido a minha atuação e os meus feitos, em todo Estado de Alagoas, o que me deixa bastante satisfeito, obviamente.

O que me faz estarrecido, e o que me faz ingressar com essa representação, em vários seguimentos, senhores, é o fato inicial de que, ontem, por volta da meia noite, o pré-candidato Alfredo Mendonça, dos agentes federais, estava com aproximadamente 1.400 votos e o meu nome aparecia com cerca de 1.100 votos. Para minha surpresa, os meus votos foram zerados, já pela manhã de hoje, e o pior, com a  possibilidade de quem votou em minha pessoa não votar mais e com a explicação esdrúxula, do porta voz do pré-candidato Alfredo Mendonça, agente federal Flávio Moreno, postulante ao cargo de senador, também, de que teria sido usado um robô em minhas votações.

Ora, senhores! O que é votação através de robô? Eu mesmo desconheço! Se existe robô, quem garante que o candidato que possui esta votação estupenda (Alfredo Mendonça) não o utilizou?

Assim, solicito, de Vossas Excelências, uma apuração por técnicos em informática, por uma equipe que não seja da Polícia Federal, evidentemente, para se verificar a existência de eventual fraude, e, caso positivo, quem a praticou. 

Demonstro aqui todo meu repúdio ao “modus operandis” dessa pré-candidatura que surge através  do referido cidadão, por sinal inelegível, vez que é membro do Ministério Público, mas, diferentemente da minha pessoa, ingressou na instituição depois da promulgação da Constituição Federal de 1988. Absolutamente inelegível! Tanto é que Alfredo Mendonça deixou de ser Secretário de Segurança, por impossibilidade total do exercício da função em razão da sua condição de membro do Ministério Público, ingressante no Parquet após a edição da referida Carta Magna. Essa medida foi tomada pelo próprio Supremo Tribunal Federal. Ora! O ex-Procurador da República José Pedro Gonçalves Taques, do Estado de Mato Grosso, exonerou-se do cargo para postular uma vaga no Senado Federal, logrou êxito e hoje, inclusive, é Governador do seu Estado. Ele pediu exoneração, justamente porque era ingressante no Ministério Público após o advento da Constituição Cidadã. Outro exemplo que pode ser dado, é o do ex-Procurador Geral de Justiça da Bahia, Wellington César   Lima e Silva que, nomeado para o cargo de Ministro da Justiça, não pôde assumi-lo, exatamente, igual modo, ingressante no MP após o advento da nossa Constituição Federal.

Prezados senhores, a retirada do meu nome de uma enquete, feita pelo referido site, sob o pretexto de que teria ocorrido uma possível manipulação minha, ou de alguém a mim ligado, depõe contra a minha postura, reconhecida nacionalmente, de homem probo, de conduta reta e que sempre exerceu as suas funções com muita austeridade, os alagoanos bem sabem disso. Destarte, não é demais pedir providências a respeito desta enquete tendenciosa e feita, tão somente, e isto está muito claro, para beneficiar o Sr. Alfredo Gaspar de Mendonça (vide documentos em anexo).

Senhores, curiosamente ontem a noite eu havia dando entrevista a dois jornalistas do Estado, Sr. Odilon Rios e Sr. Carlos Bandeira, afirmando que não postularia uma candidatura ao cargo de Senador, justamente para não prejudicar o nome de Alfredo Gaspar de Mendonça, mesmo sabendo da impossibilidade de sua aventuresca candidatura. Vou ingressar na justiça com as ações cabíveis, contra as pessoas responsáveis por tal atitude e vou solicitar que seja exibido o nome ou os nomes de quem teria praticado a eventual fraude.

Senhores, requeiro providências administrativas, no âmbito da Polícia Federal, do Ministério da Justiça, do Tribunal Regional Eleitoral em Alagoas e do Tribunal Superior Eleitoral. Idêntico comunicado farei ao Supremo Tribunal Federal. Imagino que essa não é uma maneira ética e, muito menos, republicana de alguém iniciar a sua vida pública na política. Essa enquete é uma farsa, quem não percebe isso? Foi feita para promover, como alguns agentes o  chamam, o “Xerife do Brasil”.

Como pode uma enquete fazer propaganda de um dos postulantes, no caso Sr. Alfredo Mendonça, tanto no início da página como no final? É dessa forma que nós vamos renovar os nossos quadros? Lastimável tal ocorrência. Reitero meu pedido de providências.

Curiosamente, já  hoje pela manhã, o site anunciou que a votação estava encerrada, quando, no final da página, a própria enquete afirmava que o encerramento da votação  ocorreria no próximo dia 27.

Curioso também o fato que, após zerarem  os meus votos, hoje pela manhã, os simpatizantes de uma eventual candidatura minha começaram a votar novamente em meu nome! E o que eu considero grave: antes do encerramento da votação, hoje,  o meu nome já estava com cerca de 177 votos e eles baixaram para 101. Que tipo de política é  essa? Que candidatura é  essa? O povo de Alagoas precisa tomar conhecimento de muita coisa! Estarei passando à sociedade alagoana algumas informações sobre os bastidores dessa celeuma  para que nós não nos deixemos enganar pelos “falsos profetas”, falsos ” Salvadores da Pátria” e pretensos “Paladinos da Justiça. Eduardo Tavares não pode ser votado, mas o agente Flavio Moreno  pode ter uma esplendorosa votação! Como compreender Isso!

O nome disso é VERGONHA! VERGONHA! VERGONHA!

Eduardo Tavares

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