Criminosos matam criança de 3 anos e baleiam pai e mãe no RJ
Uma criança de três anos morreu após ser baleada em uma tentativa de assalto na Rua Cardoso de Castro, em Anchieta, na Zona Norte do Rio, próximo ao número 179, por volta das 2h30 desta terça-feira (6). O pai e a mãe foram baleados e levados para o hospital.
A criança chegou a ser socorrida e levada para a UPA de Ricardo de Albuquerque, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a secretaria estadual de Saúde, a menina Emilly Sofia Neves Marriel já chegou morta na UPA. Os pais para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste. O pai foi submetido a uma cirurgia no abdômen.
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos cercaram o carro da família quando ela saiu de uma lanchonete em um posto de gasolina. Segundo a polícia, os criminosos tinham saído da comunidade da Pedreira e estavam roubando carros pelo caminho. Eles acabaram fugindo sem levar o veículo das vítimas. Ainda segundo a polícia, o automóvel usado pelos criminosos foi abandonado e dentro foram encontrados explosivos e componentes de munição.
Escalada da violência
A atuação das Forças Armadas no Rio de Janeiro não tem sido suficiente para diminuir as estatísticas de criminalidade no estado. Entre agosto, quando teve início a atuação permanente das tropas, os casos de roubos de veículos na capital aumentaram em 6%, conforme as estatísticas disponibilizadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Entre dezembro de 2014 e dezembro de 2017, no entanto, o aumento foi ainda maior – saltou de 1266 para 2200 casos, o que corresponde a um aumento de 73%.
Segundo especialista em segurança pública, investimento nos efetivos estaduais ajudariam a evitar crimes como o ataques.
“Criminosos se sentem à vontade em cometer o delito e atentar contra a vida das pessoas. A nossa lei penal é muito branda e as pessoas não se sentem ameaçadas. A lei não é suficiente para dissuadir o criminoso de cometer o delito”, afirmou Paulo Storani.
Nove mortos em três dias
O fim de semana foi marcado pela violência no Rio. De sexta (2) a domingo (4), nove pessoas foram mortas na Região Metropolitana do Rio.
Pouco antes da 0h de domingo, um homem morreu depois de ser metralhado dentro de uma ambulância na porta do Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste. Mikael Barbosa da Cruz estava recebendo atendimento, por volta das 23h40, quando criminosos ordenaram que os profissionais saíssem da ambulância e efetuaram os disparos. Mais de 15 tiros atingiram a vítima e o veículo.