Bebê filho de grávida baleada não terá sequelas: ‘Grata pelos milagres’, diz mãe
O bebê Antônio, que nasceu após a mãe, Michelle Borges de Araújo, ser baleada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, recebeu alta médica e foi para casa nesta segunda-feira (5). Os pais chegaram ao hospital animados para buscar o filho e afirmaram que a criança não terá sequelas. Na saída, os pais apresentaram Antonio para os jornalistas que estavam na maternidade. Michele disse que a mata vermelha que enrolou o filho significa vida.
“Com relação à sequela, nenhuma. O que foi falado para a gente é que não terá nenhuma. Só tem que ter um cuidado mesmo por se tratar de um bebê prematuro. Cuidados para evitar de pegar um resfriado agora, alguma coisa do tipo, como é o cuidado com qualquer bebê prematuro. Foram feitos todos os testes neurológicos e, graças a Deus, não teve nada. Nenhuma sequela, nenhuma hemorragia”, disse o pai, Wallace Araújo.
A mãe do recém-nascido afirmou que estava muito emocionada e chorou durante o caminho até o Hospital de Clínicas Mário Lioni. Antes de encontrar o filho, ela disse que está feliz de poder estar viva para contar a história ao lado do filho.
Michelle, 33 anos, recebeu alta no dia 21 de janeiro. Ela foi atingida na testa durante a abordagem de criminosos no dia 13. Inicialmente ela foi levada para a UPA Bom Pastor, e, em seguida, para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde foi internada em estado gravíssimo e submetida a uma cirurgia para descompressão craniana.
Ao ser perguntado sobre o futuro que imagina para o filho, Wallace Araújo disse que espera um “Rio de Janeiro de paz”, onde as pessoas possam exercer o futuro de ir e vir.
“Espero um Rio de Janeiro de paz. Um Rio de Janeiro que as pessoas de bem possam transitar, que nós possamos exercer o direito constitucional de ir e vir, que é um direito de cada um e hoje infelizmente está sendo tirado de todos nós. Esse Rio de Janeiro que eu quero, com direito de ir e vir”, disse o pai.
O Hospital de Clínicas Mário Lioni informou que o bebê Antonio passará por uma reavaliação em dez dias e seguirá com acompanhamento pediátrico mensal em consultório, até os seis meses de idade.