Alagoas zera fila de espera por transplante de coração, diz Sesau
Alagoas iniciou o ano de 2018 com uma boa notícia na área da saúde. É que a fila de espera por um transplante de coração foi zerada, segundo dados da Central de Transplantes do Estado. Para conseguir este feito inédito, os transplantes de coração foram triplicados, passando de dois em 2016 para seis em 2017.
Com isso, foram salvas as vidas de alagoanos como José Nivaldo da Silva e Cláudio da Silva. Eles receberam novos corações em abril do ano passado, após passarem menos de três meses na fila de espera, graças também ao trabalho da equipe multidisciplinar da Central de Transplantes, que atua diariamente para captar novos doadores de órgãos.
“Os critérios para este tipo de doação são mais rígidos, pois, o fator Rh deve ser o mesmo, assim como o peso e altura do paciente”, salientou a supervisora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.
Aumento – E Alagoas registrou, em 2017, um aumento de 47% no número de transplantes de órgãos e tecidos, com o número de procedimentos passando de 91 em 2016 para 134 no ano passado.
Ao todo, foram 109 transplantes de córneas, 19 de rins, sendo três com doadores vivos, e seis de coração. “São números históricos e que marcam o compromisso e o trabalho da gestão estadual em assegurar uma assistência digna a todos os alagoanos”, ressaltou Daniela Ramos.
Em Alagoas, são feitos transplantes de coração, rins e córneas, além da captação de fígado, que é ofertado para os estados nos quais o procedimento é realizado. “Para ser um doador de órgãos e tecidos, não é necessário entregar nada por escrito, sendo presido, porém, a autorização da família. Por isso, é importante deixar claro aos familiares a vontade de doar órgãos após a morte”, salientou a supervisora da Central de Transplantes.
Campanhas – Daniela Ramos explica, ainda, que o avanço também foi assegurado graças às campanhas de sensibilização realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). “Existem muitas dúvidas quanto a esse assunto, e a informação é essencial para que mais famílias autorizem as doações”, reforçou.