Palmeira dos Índios: Enquanto a cidade dos “ricos” reluz; a dos “pobres” produz
*Grazianne Duarte
A Prefeitura de Palmeira dos Índios se preparou para realizar a festa cristã mais importante de todo o mundo: o Natal.
A época do nascimento de Jesus Cristo, está sendo celebrado com o Natal de Luz, uma festa organizada para “todas” as famílias palmeirenses. Na prática, não é bem assim. A Prefeitura de Palmeira dos Índios vem produzindo o que é visível aos olhos, a superficialidade.
Luzes, apresentações culturais, ornamentação, destoam da falta de alimentação, moradia e condições de higiene inadequadas, problemas enfrentados por trabalhadores do lixão do município de Palmeira dos Índios, que fica oito quilômetros distante da cidade, situado no povoado Algodãozinho.
O paradoxo é gritante! Do lixo ao luxo!
A jornada diária no lixão de Palmeira é um inferno para os cerca de 70 catadores de lixo que ganham a vida entre toneladas de resíduos, apesar da concorrência com urubus e o desafio da sua própria fome.
O Estadão Alagoas esteve no local e constatou a precariedade em que vivem os trabalhadores. Em meio aos restos de comida e materiais diversos descartados.
Resíduos são depositados diretamente sobre o solo, a céu aberto, revelando o manejo inadequado, sem qualquer cobertura e impermeabilização do lixo, bem como ausência de drenos de gases e líquidos e bacia coletora de chorume, o que pode comprometer a qualidade das águas subterrâneas e superficiais, verificando-se igualmente a queima de lixo e odores, “o local pode ser considerado um lixão a céu aberto”.
Por outro lado, os catadores dizem-se ameaçados pelo Consórcio Regional de Resíduos Sólidos do Agreste Alagoano do qual Palmeira dos Índios faz parte, que tem como objetivo extinguir os lixões. “Soube que nesses 150 dias não existirá mais lixão, muitas famílias passarão fome, por que é daqui que tiramos nosso sustento. Não sabemos como vamos viver”, afirmou a catadora, Aline da Silva.
Com 40 anos, Flávia Maria Pereira da Silva desafia há 15 anos as condições miseráveis do lixão para fazer seu ganha-pão. Fora isso, teve um dedo decepado por um corte provocado pelos cacos de vidro amontoados em sacolas. “Consigo entre R$ 150 e quando dá bom, R$300 por mês. Perdi um dedo aqui no lixão, passei oito meses recebendo benefício, mas depois acabou sendo cortado há três anos. Agora, o que me resta é trabalhar aqui para garantir o sustento”, explicou a catadora, mãe de quatro filhos.
Flávia é casada com o também catador, Sebastião Fernandes da Silva, 48, que sofre de deficiência auditiva. O casal luta para conseguir o benefício do INSS, mas até então, não obteve êxito.
No lixão ninguém parece preocupado. O olhar distante de Maria José*, parece perdido no tempo. À reportagem do Estadão Alagoas, Mazé*, afirmou que teve o Bolsa Família cortado há oito meses. “Tenho cinco filhos e recebia o Bolsa Família, mas foi cortado, fui na assistência social e nunca foi resolvido. Passei a não receber mais aquele dinheiro que era da alimentação dos meus filhos, sei que tem muita gente que não necessita recebendo”, afirmou.
As famílias sobrevivem da venda de garrafas pet, papelão, bolsas, latas e plástico branco. Vivendo em ambientes insalubres, os catadores correm riscos de contaminação diariamente. A falta de equipamentos de proteção potencializa os danos. Sem luvas, máscaras ou outro equipamento de proteção, as famílias se embrenham no improvável à procura do plástico, do alumínio e da vida.
A saúde dos trabalhadores do lixão de Palmeira dos Índios, é posta à prova a cada dia de serviço. As famílias vivem expostas aos riscos, já que têm contato com o chorume (líquido resultante da decomposição do lixo) e inalam os gases provenientes do apodrecimento dos materiais orgânicos.
Invisíveis
Esses trabalhadores parecem fortes e resistentes. Falta assistência para avaliar de maneira mais completa, a saúde desses profissionais.
A falta de assistência médica nos lixões ocorre pela falta de acesso às informações. Os perigos são relativos por uma questão emergencial: a sobrevivência.
muito humilde vc karla, parabéns. seja mais humilde com o teu proximo. se ponha no lugar deles, quando entramos no mundo não troucemos nada, pois quando partimos para outra vida n levaremos nada, apenas terrinha no rosto.
a amiguinha ai acima ja se mostra muito humilde com a colocação, tenha ais respeito aos outros, ame o proximo, estamos no natal, e ainda tem gente assim. lamentavel.
Passa um dia la e vc vai ver se e escolha deles!
quem mandou não estudarem?a prefeitura tem culpa?