Olho Vivo! Parodiando o deputado Carimbão

Era uma vez um prefeito, eleito para governar uma enorme cidade de um estado nordestino. Para obter êxito em sua campanha, o administrador que tinha nome de imperador, mas que fazia questão de dizer que era plebeu, usou de todas as astúcias enganadoras para conseguir o voto de sua aldeia, cujos habitantes já vinham arrebentados pela amarguras que lhes foram impostas por gestões precedentes.

Depois de prometer “mundos e fundos” (Expressão popular que significa fazer promessas infundadas ou exageradas), e usando em suas falações palavras semelhantes às do rei David – “quero salmodiar algumas palavras a você, pessoa abençoada por Deus e que encanta a minha vida com sua fantástica amizade”,  na verdade o que se viu foi durante toda sua campanha a demonstação do famoso 171. (Devido ao conteúdo relativo ao artigo 171 do Código Penal, popularmente convencionou-se utilizar este código como uma gíria. Quando alguém chama uma pessoa de 171, está querendo dizer que este indivíduo é mentiroso, mau caráter e inconfiável.)

Prometeu educação, Saneamento Básico, Estradas, Embelezamento dos bairros e avenidas, salários dignos para os servidores, e se mostrou durante todo o período, antagônico a pratica do nepotismo. Como fechamento de suas bravatas, o “reizinho” jurava sempre de pés juntos, que tinha uma solução mágica para resolver o problema crítico da SAÚDE das terras pertencentes ao seu imperado.

E teve! No primeiro piti (termo geralmente utilizado por profissionais de saúde, para expressar uma “falsa doença” do paciente, também como sinônimo de chilique), danou- se para a capital do seu estado em busca de ajuda médica, pois no seu reich não tinha posto de saúde, e ao que parecia, nem profissional distinto para curar a sua representação. Aqui, vale até uma piadinha do gênero:

Durante uma campanha eleitoral defendendo uma CHAPA 2, o ”Imperador” foi visitar um hospício e foi recepcionado por um grupo de doidos.
– Viva o Imperador! Viva o Imperador! – gritavam os alienados, vibrando como nunca.
Ao ver um dos componentes da turma calado, uma das assessoras do Imperador lhe pergunta:
– E você, por que não está gritando “Viva o Imperador”???
– Porque eu não sou louco, sou médico!!!

Anos passaram, secretários (bobos da corte) foram importados, muito dinheiro foi gasto à-toa, e parte, foi desviada para pagar farras palacianas. E as juras?

Pois bem; deixando a história desse “reizinho” pra lá, até porque não estamos em Roma, e sim em Palmeira dos Índios, juramos que a população está doente, que nos postos de saúde municipais não existe absolutamente nenhuma estrutura, e nem mesmo material para um simples curativo. Enquanto isto, parte do povo está enfermo, outra parte adoecendo, e muitos morrendo.

Chegamos ao ponto de parodiar o nobre deputado Carimbão… Já pensou ver a mãe do prefeito deitada numa maca nos corredores de um Pronto Atendimento? Só assim, talvez, sentindo na pele a dor da alma do povo palmeirense, algo pudesse ser feito pela SAÚDE do município.

Maldito o imperador que assim se expressou: “É preferível ser o primeiro numa aldeia a ser o segundo em Roma.”

Fui! Antes que me capem.

Austrelino Bezerra

Um comentário em “Olho Vivo! Parodiando o deputado Carimbão

  1. Parodiando Nero, será que o “Imperador Xucurus” não está tacando (termo popular que significa “colocar”) fogo na “velha” (termo popular que significa “querida”) Palmeira?

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