Casos de violência preocupam funcionários dos Correios em AL

Assaltantes fizeram reféns em agência dos Correios de Luziápolis (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

A recorrência de casos de violência em agências dos Correios este ano em Alagoas preocupa os funcionários da empresa, que estão em greve desde o dia 19 de setembro pelo aumento de salário e pagamento de data-base.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Alagoas (Sintect-AL), Altannes Holanda, há um número muito grande de funcionários que são afastados por traumas decorridos de episódios de violência durante o trabalho nos Correios.

Só este ano, já foram registrados 12 casos de violência a postos da empresa em Alagoas. Dentre eles, um assalto, um assalto seguido de sequestro e 10 arrombamentos.

A maioria dos casos aconteceu no interior. Por medida de segurança da própria empresa, as cidades onde ocorreram os crimes em 2017 não podem ser informadas.

Segundo os Correios, só neste ano, três funcionários se afastaram dos serviços por questões traumáticas derivadas da violência. A empresa garante que todas as vítimas recebem auxílio médico e psicológico.

“Após passar por algum tipo de experiência como assaltos ou sequestros, o funcionário pode pedir uma licença médica de, pelo menos, 15 dias de afastamento para se recuperar psicologicamente. Muitos deles nem se recuperam nesse período”, afirma o presidente do Sintect.

O Sintect diz que há uma audiência marcada na próxima segunda (2), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), para impedir a diminuição de contratação de vigilantes nos Correios, que é denunciada pelo próprio Sindicato.

“Há a necessidade de instalação de portas com detecção de metais em todos os postos de Alagoas. Estamos lutando por isso, pois aumentam a segurança no ambiente de trabalho”, afirma o presidente do Sintect.

A assessoria de imprensa dos Correios disse que a empresa não pode informar quais medidas de segurança serão tomadas após os recentes casos de violência. A assessoria comunicou que isso não pode ser feito para que não atrapalhe as estratégias de segurança.

Fonte G1

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