Caminhão-tanque explode e deixa um morto em Maceió
Um homem morreu na manhã desta quarta-feira (27) após a explosão de um caminhão-tanque no bairro Cidade Universitária, em Maceió. Segundo relato de testemunhas, a vítima foi carbonizada e arremessada a metros de distância.
Militares do Corpo de Bombeiros (CB) disseram que a vítima, identificada como Luiz Carlos Lopes da Silva, 34, era operador de tanque de uma empresa de manutenção de carretas e usava um maçarico quando o tanque de combustível, que estava vazio, explodiu.
A reportagem tentou contato por telefone com os responsáveis pela empresa, mas as ligações não foram atendidas.
Acidente
Uma testemunha que prefere não ser identificada disse que estava indo para o trabalho quando ouviu a explosão.
“Foi um barulho muito forte. Eu vi o corpo voando mais de um metro acima do poste e entrando na casa”, contou.
O proprietário do imóvel para onde o corpo de Luiz Carlos Lopes foi arremessado também não quis se identificar para imprensa. Mas disse que estava dormindo quando ouviu o barulho. Parte do corpo da vítima caiu dentro do imóvel, e uma das pernas na calçada da casa.
A explosão de grande dimensão, que resultou na abertura da estrutura do tanque de combustível, que ficou retorcida, aconteceu em uma área que fica no loteamento Canto do Mainá, nas proximidades da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e do Complexo Prisional.
O Corpo de Bombeiros mobilizou para o local do acidente duas viaturas de combate a incêndio e 10 militares.
“O tanque era abastecido com petróleo. Ele estava vazio, mas havia gases dentro e, como ele utlizava um maçarico, houve a explosão. A área está fora de perigo, mas permanece interditada”, afirma o tenente Genesis, do CB.
Riscos
Familiares da vítima estiveram no local do acidente. A filha de Luiz Carlos, Liziane Silva, 18, disse que o pai temia pelo risco do trabalho com tanque de combustível.
“Meu pai falava que era perigoso trabalhar aqui. Ele disse que o dono mandava ele entrar nos tanques e que era arriscado. Meu pai tinha feito cirurgia no fígado e de cálculo renal há 2 meses e já tinha voltado a trabalhar porque estava com dificuldades. Daí acabou acontecendo isso”, lamentou Liziane.
Defesa Civil
O chefe do setor de Desastres Tecnológicos da Defesa Civil disse que não há risco de novas explosões. “Nós analisamos a área e não há riscos. Estamos avaliando também as casas no entorno para saber se houve algum dano, mas aparentemente não houve”, relatou Augusto Neves.
Fonte G1